Há cada vez mais mulheres e crianças a fugir do cativeiro dos terroristas na província de Cabo Delgado.
O grupo já não consegue controlar maior parte das pessoas raptadas em várias ocasiões, devido às perseguições em curso.
Até este domingo, cerca de 30 pessoas resgatadas no distrito de Nangade, norte de Cabo Delgado, estavam a ser interrogadas no Comando Distrital da PRM em Nangade.
Trata-se de pessoas que estiveram sob custódia dos terroristas, que desde 2017 vêm lançando ataques nos distritos do norte e centro da província de Cabo Delgado.
Segundo referem fontes locais, a maioria dos resgatados são mulheres e crianças.
Elas revelaram às autoridades que escaparam dos terroristas depois dos mesmos as terem abandonado numa base, devido à ofensiva das forças conjuntas de Moçambique e da SADC e das forças locais.
Além de maus tratos, a que foram submetidas pelos terroristas, as vítimas dizem ter passado muitos dias com fome, daí que muitas crianças apresentam sinais de desnutrição. Durante o cativeiro, viviam basicamente de mandioca e algumas das vítimas eram forçadas a servir de esposas dos terroristas.
Contam as fontes que, depois de resgatadas, as mesmas foram conduzidas às autoridades administrativas de Mueda.
Ainda em Nangade, na aldeia Nkonga, uma incursão terrorista na última sexta-feira resultou na morte de um membro da força local durante a troca de tiros, para além de várias pessoas que foram obrigadas a deslocar-se para a sede do distrito de Nangade.
Há quase duas semanas, um outro grupo de mulheres e crianças teria sido resgatado pelas forças conjuntas moçambicanas e da SADC, no troço Litamanda-Miangalewa, depois de uma fuga numa base próxima das que em Dezembro findo foram destruídas pelas tropas da SADC, nas margens do rio Messalo. Posteriormente, foram levadas para Macomia-sede e mais tarde à cidade de Pemba.
Fonte:Cartamz