"A depressão Ana continua a atravessar Moçambique e está agora perto do sul do Malawi, a pouco mais de 200 quilómetros a noroeste de Quelimane", capital da província da Zambézia; anunciou o centro meteorológico francês da ilha de Reunião.
A depressão "move-se para oeste, enquanto enfraquece", refere-se no mais recente boletim sobre riscos ciclónicos na bacia sudoeste do Índico, emitido
várias vezes por dia por aquele centro. No entanto, o risco de vento forte e chuva intensa mantém-se no centro e norte de Moçambique, alertou.
A tempestade está a deixar um rasto de destruição, depois de ter provocado pelo menos duas mortes, quando mãe e filha foram arrastadas pela subida das águas do rio Licungo em Mocuba, Zambézia.
Há ainda a registar 49 feridos por entre queda de casas, escolas, unidades de saúde e outras infraestruturas, cenário que afeta sobretudo as zonas ribeirinhas dos grandes rios, assim como a costa da província nortenha de Nampula, segundo o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD).
Grávidas afetadas
Por seu lado, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alerta para a elevada proporção de mulheres grávidas e em idade reprodutiva entre a população afetada - reflexo da estrutura demográfica do país.
Face a um risco de haver 500.000 pessoas afetadas no pior cenário da intempérie (que parece afastado pelas previsões), 120.000 seriam mulheres em idade reprodutiva e 14.000 grávidas.
Na atual época de tempestades, sem contar com o impacto da tempestade Ana, pelo menos 14 pessoas morreram e outras 53.269 foram afetadas por desastres naturais, segundo o mais recente relatório do INGD.
Fonte: O Pais