O famoso artista congolês foi a estrela convidada na cerimónia de abertura da 33ª edição da Taça das Nações Africanas (CAN) de futebol, que começou no domingo, 9 de janeiro de 2021, nos Camarões. Dicap la Merveille incendiou o covil do estádio Olembé em Yaoundé, selecionado para a partida de abertura entre Camarões e Burkina Faso.
Uma actuação que, se animou o público presente neste estádio, não agradou necessariamente a alguns músicos camaroneses, que se sentiram lesados e colocados no banco durante esta celebração. O rapper camaronês Maahlox le Vibeur carregou o golpe, lamentando que nenhum artista local tenha sido convidado para o grande palco, mesmo na primeira parte do show de Fally.
“O que realmente custou ao comitê organizador convidar artistas camaroneses
mesmo como atos de abertura no pódio (como é feito em todos os outros lugares)? Permitir-lhes não só beneficiar de toda a visibilidade internacional que tal cerimónia pode trazer, mas também partilhar um momento de alegria com as pessoas”, disse Maahlox.
Um ponto de vista que não partilha o famoso cantor camaronês Kareyce Fotso, para quem “a Taça de África é um encontro entre várias nações, com culturas diferentes. É lógico que outros artistas da África e até do mundo sejam convidados”, desabafa, e acrescenta: “Fui escolhida para compor o hino da bienal de dança de Lyon e ainda há artistas franceses”.
Na República Democrática do Congo, no entanto, o desempenho de Fally Ipupa é muito elogiado e apreciado pelos seus colegas artistas, que nele encontram um prémio de consolação para o seu país, que não conseguiu qualificar-se para esta competição.