Travis McMichael, de 35 anos, autor dos disparos fatais, e o seu pai, Gregory McMichael, de 66 anos, foram condenados a prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional.
Já o vizinho destes, William Bryan, de 52, que participou no crime, filmando-o, foi condenado a prisão perpétua com a possibilidade de requerer liberdade condicional após 30 anos de prisão.
Ahmaud Arbery, de 25 anos, foi abatido em 23 de Fevereiro de 2020, quando corria num bairro residencial de Brunswick (Geórgia), por três homens que alegaram tê-lo confundido com um ladrão ativo no bairro.
O juiz do Supremo Tribunal da Geórgia, Timothy Walmsley, pediu antes da leitura da sentença para que fosse respeitado um minuto de silêncio para "representar uma fração do tempo que Ahmaud Arbery esteve a correr em Satilla Shores”, que foi de cinco minutos, enquanto foi perseguido.
"Quando penso sobre isto. Penso de vários ângulos e continuo a revisitar o terror que se terá instalado na mente daquele jovem”, acrescentou, citado pela agência EFE.
Os pais e a irmã de Arbery também intervieram na audiência, que durou cinco horas, e pediram pena máxima para os três homens presentes na sala.
A mãe da vítima, Wanda Cooper Jones, salientou que os culpados "não demonstraram remorsos e não mereciam misericórdia".
"Não foi um caso de confusão de identidade ou erro factual. Eles decidiram atacar o meu filho porque não o queriam na sua comunidade. Eles optaram por tratá-lo de forma diferente de outras pessoas que visitam a sua comunidade com frequência e, como não conseguiram assustá-lo o suficiente, mataram-no”, vincou.
As palavras da mãe de Arbery foram citadas pelo próprio juiz quando leu a sentença.