Os rebeldes foram mortos durante a operação designada "Búfalo", desencadeada entre outubro e janeiro, e em que as forças da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) também destruíram várias bases dos grupos rebeldes no distrito de Macomia, refere um comunicado divulgado à comunicação social.
"As forças da SAMIM [sigla em inglês para Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique] encontraram uma forte resistência por parte dos terroristas, mas mesmo assim, conseguiram infligir baixas fatais e perturbar as suas atividades, bem como continuar a dominar e perseguir os terroristas na área operacional", explica a nota, que admite o registo de três baixas, uma das quais culminou em óbito.
Segundo o documento, durante as operações, as forças da SADC apreenderam cinco lançadores RPG 7, cinco metralhadoras PKM, 48 armas AK47 e granadas, bem como viaturas, motocicletas, telemóveis e dispositivos tecnológicos em números não especificados.
"As forças da SAMIM em apoio ao Governo de Moçambique continuam a criar as condições necessárias para um regresso à vida normal na província de Cabo Delgado, à medida que perseguem os terroristas", acrescenta.
Missão alargada
A SADC aprovou hoje, no Malawi, a prorrogação da missão militar que apoia Moçambique no combate a grupos rebeldes em Cabo Delgado por tempo não especificado, no âmbito de uma cimeira extraordinária que enalteceu os "progressos" alcançados pelas forças da SADC no combate à insurgência no Norte de Moçambique.
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas tem sido aterrorizada desde outubro de 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico.
Fonte: DW