A Globeleq, empresa independente líder de geração de energia em África e os seus parceiros Electricidade de Moçambique, E.P. (EDM) e a Sasol anunciaram, esta quinta-feira, o fecho financeiro do projecto de construção da Central Térmica de Temane (CTT).
Um comunicado recebido na nossa Redação explica que o financiamento do projecto de 652.3 milhões de USD tornou-se possível graças ao contributo dos parceiros, International Finance Corporation (IFC), através do programa Janela do Sector Privado do International Development Association (IDA), com a comparticipação de aproximadamente 253.5 milhões de USD, a International Development Finance Corporation (DFC), que contribuiu com aproximadamente 191.5 milhões de USD e OPEC Development Fund (OPEC Fund), que disponibilizou 50 milhões de USD.
“Já a Multilateral Investment Garantee Agency (MIGA) garantiu a cobertura de seguro contra riscos políticos aos investidores de capital do sector privado, com cerca de 251.3 milhões de USD. Localizada em Temane, na província de Inhambane, a CTT é uma central eléctrica a gás de 450 MW com uma Concessão aprovada pelo Governo de Moçambique e fornecerá energia à EDM ao abrigo dum contrato de compra e venda de energia com a duração de 25 anos”, lê-se no comunicado.
De acordo com a nossa fonte, prevê-se que a CTT forneça energia eléctrica para responder a demanda de 1,5 milhão de famílias, contribuindo, desta forma, com cerca de 14% da capacidade de fornecimento de energia disponível para a necessidade do país.
As empresas asseguram que o projecto está alinhado com o Acordo de Paris e irá contribuir para a transição energética sustentável de Moçambique, a longo prazo, de forma a alcançar zero emissões de carbono até 2050.
De acordo com a nota, o Projecto CTT estará interligado à concessão do Projecto da Sociedade Nacional de Energia (STE), que prevê a construção de uma nova linha de transmissão de Alta Tensão a 400kV de Temane a Maputo com 563 km, propriedade da EDM, através da sua subsidiária STE, e financiada por donativos e empréstimos concessionais do Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Islâmico de Desenvolvimento, Fundo OPEC e pelo Governo Noruega.
Trata-se de uma linha que vai garantir futuramente a interligação do Sistema Sul às redes do Centro e Norte de Moçambique, criando um corredor de electrificação e uma rede de transmissão moçambicana mais estável e segura. Ademais, o projecto irá servir de base de ligação para futuros projectos de geração de energias renováveis à Rede Nacional de Transporte. No total, a nossa fonte refere que a cadeia de valor completa, designadamente, produção de gás, barragem termoeléctrica e infra-estrutura de transmissão, irá contar com um investimento de mais de 2 biliões de USD.
FoNte: Cartamz