A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), o maior partido da oposição, destaca que os serviços secretos que deviam ter agido em prol da defesa da pátria não cumpriram o seu papel de reconhecer a tempo a ameaça de terrorismo ao país.
Para o presidente da RENAMO, Ossufo Momade, a inação dos serviços de inteligência colocou o país numa situação de vulnerabilidade e perigo iminente, demonstrados pelo terrorismo que grassa em Cabo Delgado e, mais recentemente, no Niassa.
Ossufo foi mais longe ao dizer: "A este propósito, vale recordar o recente comportamento irresponsável assumido pelos agentes dos serviços de informação e segurança do Estado no endividamento do país".
O político considerou a atuação dos quadros seniores destes órgãos "chocante e repugnante" e acrescentou que as chefias do SISE foram "autênticos lesa-pátrias, avaliando pelos pronunciamentos dos réus e declarantes em julgamento", - uma referência aos processos que correm no âmbito das chamadas dívidas ocultas.
Impunidade para os criminosos?
"É nosso entendimento que o Presidente da República devia ser a reserva moral do país", salientou o presidente da RENAMO.
A importância da paz
A paz foi outro tema central das comunicações dos líderes da oposição. Momade garantiu que está comprometido com a paz e quer que o processo de Desmobilização, Desmilitarização e Reintegração (DDR) prossiga e termine com maior rapidez.
"Finalmente, foram
formados 36 oficiais vindos da nossa força residual a serem integrados na Polícia da República de Moçambique. É nossa expetativa que o processo de enquadramento nas Forças de Defesa e Segurança não seja interrompido e não conheça recuos em respeito aos entendimentos alcançados”" acrescentou.
O presidente do MDM, Lutero Simango disse que a paz e reconciliação nacional devem permanecer na agenda nacional, pois dizem respeito a todos os moçambicanos. "Pelo que não devem ser monopolizados. As janelas de diálogo devem ser abertas para engajar os nacionais para a sua libertação da instrumentalização", disse Simango.
Fonte- DW