No seu mais recente relatório, o Departamento de Estado dos Estados Unidos da América considera a província de Cabo Delgado, que desde 2017 tem sido fustigado pelos ataques dos grupos armados, como um “porto seguro para os terroristas”. Por outro lado, o país presidido por Joe Biden aponta que Moçambique não tem estratégias para travar o terrorismo.
O Departamento de Estado dos EUA além de considerar Moçambique como um dos “portos seguros para os terroristas” lembra que, só em 2020, mais de 1500 pessoas foram barbaramente assassinadas pelos terroristas.
“Moçambique consta das áreas físicas onde os terroristas são capazes de se organizar, planear, arrecadar fundos, comunicar, recrutar, treinar, transitar e operar com relativa segurança, devido à capacidade inadequada de governação, falta de vontade política ou ambos”.
Por outro lado, o relatório refere que o Governo e os seus parceiros da SADC enfrentaram enormes dificuldades para reprimir as acções dos insurgentes, destacando que em 2020 o Estado Islâmico havia se instalado no grosso dos distritos da província de Cabo Delgado.
“Moçambique não tem uma estratégia de contraterrorismo para orientar as operações, e as agências carecem de treino, equipamento e capacidade, de uma forma geral, para detectar, impedir ou prevenir atos de terrorismo de forma proativa”, refere o relatório para depois acrescentar que urge a necessidade do Governo dar uma “resposta holística à violência terrorista que inclua o envolvimento da comunidade, além da actividade de segurança”
Olhando para o actual cenário a nível internacional, o Departamento de Estado dos EUA observa que “apesar dos importantes sucessos do contraterrorismo, os grupos terroristas continuam a ser uma ameaça persistente e generalizada em todo o mundo”
Fonte: evidencias