O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, manteve as medidas de prevenção da Covid-19 do anterior decreto (86/2021), tomadas em outubro passado, por mais 30 dias. A adesão à vacinação e o baixo índice de internamentos nos hospitais estão por detrás da manutenção das medidas de prevenção do novo coronavírus até o dia 19 de janeiro de 2022.
Nyusi anunciou ainda a intensificação das medidas de controlo e fiscalização a todos os níveis.
Mas o chefe de Estado alerta que se "pisarmos a linha vermelha, medidas drásticas deverão ser tomadas para salvar a vida dos moçambicanos".
"As medidas que hoje anunciamos poderão ser agravadas a qualquer momento em função do eventual agravamento a redução de indicadores. Portanto, estamos a atentos e estamos a monitorar a base diária e a qualquer momento podemos dizer que está mal, pode ser dentro de uma semana ou 15 dias, ou está bem. Sabem que não podemos repetir o cenário dramático que tivemos na segunda e terceira vagas," ponderou.
Vacinação
O Presidente Nyusi destacou o processo de vacinação tendo apelado a maior adesão ao processo pois, segundo promessas do Presidente, os não vacinados poderão ser condicionados a alguns serviços.
"Num futuro próximo poderemos, isso afirmo, condicionar quem não vacinou a frequentar determinados locais e ou a beneficiar de determinados serviços públicos essenciais. Estou a dizer do mesmo modo, os vacinados terão tratamento preferencial a acesso aos serviços nos locais definidos," declarou Nyusi.
Na sua comunicação à nação, o Presidente moçambicano disse não haver razões para se cometer mais erros porque o país já aprendeu muito com a pandemia.
"Já não somos meninos para essa coisa, já estamos na quarta geração do raciocínio ou da vida e experiência, portanto não somos muito autorizados a cometer erros fatais, aqueles que nem sequer cometemos quando não tínhamos a experiencia," avaliou.
Nyusi suspendeu o recolher obrigatório que começava à meia noite apenas nos dias 24 e 31 de dezembro para dar lugar aos festejos do natal e do fim do ano, "para permitir que as famílias possam celebrar estes momentos em comunhão".
Fonte: DW