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Estado vai modernizar a formação da PRM atento a novos tipos de crimes

Estado vai modernizar a formação da PRM atento a novos tipos de crimes

A modernização da formação da Polícia da República de Moçambique (PRM) revela-se cada vez mais importante no combate aos novos tipos de crimes que tendem a ganhar espaço no país. De acordo com o Presidente da República, Filipe Nyusi, a corporação deve estar à altura de responder os anseios da sociedade no domínio da defesa e segurança.


Filipe Nyusi discursava no decurso da cerimónia de encerramento do 19º Curso Básico de Intervenção Rápida e o Segundo Curso de Capacitação dos Polícias de Trânsito, na Escola de Sargentos de Polícia Tenente General Oswaldo Assahel Tazama, no distrito de Nhamatanda, província de Sofala.

Na ocasião, o estadista defende maior compromisso da polícia na defesa não só no território nacional, mas na criação de estratégias para a fortificação da segurança na região Austral de África. 

“A nossa presença neste evento traduz a importância, prioridade e centralidade que atribuímos às Forças de Defesa e Segurança, neste caso específico a PRM, e de forma geral a segurança nacional. É nossa convicção que sem segurança a altura não há desenvolvimento. A formação de qualidade destes jovens que prestaram juramento à bandeira para proteger o Estado e defender o território é um marco nas respectivas carreiras profissionais e uma tinta indelével da ESAPOL que inteiramente produz sargentos e agentes de polícia destemidos”, acrescentou o Presidente da República.

Para o Chefe do Estado, o aparecimento de novos crimes desafia o país para uma formação da polícia atenta aos novos tempos. 

“Por isso, persistam a vossa marca de formar com qualidade os futuros agentes de proteção de pessoas e bens. Vivemos momentos em que, à Polícia da República de Moçambique, são impostos grandes desafios decorrentes de factores multifacetados. A dinâmica sócio-cultural e religiosa que o país experimenta; a descoberta de recursos minerais e a sua situação geográfica e geoestratégica constituem oportunidades para o nosso desenvolvimento, ao mesmo tempo são potenciais ameaças à segurança, exigindo abordagens inovadoras, equilibradas e respostas proactivas em concertação com outros sectores das Forças de Defesa e Segurança de países irmãos”, destaca.

Aposta na modernização da formação do homem e equipamentos
O Chefe do Estado anunciou que o Estado vai modernizar a formação dos quadros da Polícia da República de Moçambique para garantir a ordem e tranquilidade públicas.

“A formação contínua das forças policiais como parte da política e estratégia nacional de defesa e segurança materializa a nossa visão de que o capital humano é o melhor investimento a realizar para assegurar o progresso e bem-estar dos moçambicanos. Por isso, o Governo de Moçambique continuará a investir na formação e capacitação de quadros, buscando, sempre que necessário, parcerias profícuas como esta com o Zimbabwe, por forma a melhorar continuamente a resposta à multiplicidade de desafios de segurança nacional que se impõe. É importante ver que estamos a evoluir muito com uma boa velocidade na formação dos recursos humanos, quase que mensalmente estamos a libertar jovens, mas também queremos embarcar no equipamento para a modernização desses jovens”, acrescentou.

Aos graduados, espera-lhes a missão de ajudar a combater o terrorismo no teatro operacional norte. “Por isso, esperamos de vós uma saudação especial por terem concluído com sucesso esta importante fase da vossa formação e especialização. A vossa formação termina num momento particularmente sensível para o país, é que as forças de defesa e segurança estão no teatro operacional a combater o terrorismo. Com o vosso ingresso, esperamos o aumento da proatividade policial na contenção e erradicação deste mal. A vossa presença no teatro operacional e nas diversas frentes, como é o caso do distrito, o teatro vai produzir sinergias positivas e contribuir para uma maior segurança, tranquilidade e ordem públicas”.

Filipe Nyusi reforçou o sentido de compromisso e responsabilidade que devem caracterizar a postura dos membros das forças de defesa e segurança.

“Ser membro das forças de defesa e segurança é um compromisso, uma obrigação e um engajamento do cumprimento rigoroso e obediência a cadeia de comando que rege. Ser membro das forças de defesa e segurança obriga ao respeito permanente pelos interesses soberanos da pátria. O combate sem trégua a todas manifestações de crime e actos que ponham em causa a estabilidade, paz e convívio social, ordem e segurança e tranquilidade públicas”. 

Homens residuais da Renamo 
Integram o grupo de graduados, 36 homens das forças residuais da Renamo que também juraram defender o povo moçambicano, como membros das Forças de Defesa e Segurança.

“Juraram a bandeira, agora parem de dizer que são oriundos da Renamo, já não são. São Polícias da República de Moçambique. Esta formação enquadra-se no âmbito dos consensos alcançados entre o Governo e a Renamo, com o objectivo de garantir uma paz efectiva e duradoira, num exercício de construção de confiança e inclusão, porque só a paz e em paz o nosso país prospera”.

O Presidente da República disse que 36 homens das forças residuais da Renamo deverão receber missões, independentemente da sua origem partidária.

“Poderão receber tarefas específicas e diferenciadas, de modo a se explorar a experiência que cada um de vós possui em função a dispositivos que serão afectos, mas nunca se esqueçam que juraram defender a pátria no seu todo e todos obedecem a um único comando”.

Filipe Nyusi disse que os 36 agentes da PRM que tiveram uma formação especial se juntam a milhares de moçambicanos que noite e dia trabalham na defesa da lei e ordem, “defendem as nossas conquistas e a nossa soberania e tudo fazem para que Moçambique viva em paz efectiva. Ontem eram pessoas que se confrontavam nos campos de batalha, mas hoje, graças a confiança que temos estado a construir, estão todos na mesma formatura, prontos para enfrentar os inimigos comuns dos moçambicanos, isto é, o terrorismo e todo tipo de criminalidade”, disse o Chefe do Estado.
Fonte: Evidencias 

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