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Preços disparam em Novembro e custo de vida torna-se muito caro

Dados recolhidos em Novembro findo, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nas Cidades de Maputo, Beira e Nampula, quando comparados com os do mês anterior, indicam que o país registou uma inflação (subida de preços) na ordem de 0,99%, facto influenciado pelas divisões de transportes e de habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis, ao contribuírem no total da variação mensal com cerca de 0,51 e 0,18 pontos percentuais (pp) positivos, respectivamente.


Por consequência da subida do preço desses produtos, o custo de vida das famílias e empresas moçambicanas tornou-se automaticamente elevado, com o aproximar da quadra festiva.

Desagregando a variação mensal por produto, o INE destacou o aumento dos preços da gasolina (6,5%), de materiais diversos para manutenção e reparação da habitação (10,5%), do coco (14,6%), de veículos automóveis ligeiros em segunda mão (2,7%), de refeições completas em restaurantes (0,7%), de cervejas para consumo fora de casa (1,7%) e do gasóleo (4,6%). Estes contribuíram no total da variação mensal com cerca de 0,79pp positivos.

Contudo, a Autoridade Estatística observou que alguns produtos com destaque para a batata-reno (10,2%), as capulanas (1,4%) e o detergente em pó (2,5%), contrariam a tendência de aumento, ao contribuírem com cerca de 0,09pp negativos.

De Janeiro a Novembro do ano em curso, o INE diz que o país registou um aumento de preços na ordem de 5,17%, tendo as divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas e de transportes tido maior peso ao contribuírem no total da variação acumulada com cerca de 2,11 pp e 0,87 pp positivos, respectivamente. Comparando com igual período de 2020, a Autoridade Estatística concluiu que o país registou, no mês em análise, um aumento de preços na ordem de 6,77%, tendo as divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas e de habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis, sólidos em termos homólogos as que registaram maior variação de preços com cerca de 10,43% e 8,58%, respectivamente.

Analisando a variação mensal pelos três centros de recolha, que servem de referência para a variação de preços do país, a instituição notou que, em Novembro último, todas as cidades registaram aumento de preços, com a Cidade de Maputo a se destacar com cerca de 1,40%, seguida da Cidade de Nampula com 0,53% e, por fim, a Cidade da Beira com aproximadamente de 0,51%. Comparativamente à variação acumulada, a Cidade de Maputo teve a maior subida do nível geral de preços com cerca de 5,74%, seguida das Cidades de Nampula com 5,45% e da Beira com 3,21%.
Fonte: Cartamz
Indicadores da Covid-19 disparam em Moçambique desde o anúncio da nova variante

Os principais indicadores da Covid-19 tendem a disparar na República de Moçambique, desde que a vizinha África do Sul anunciou a descoberta de uma nova variante do novo coronavírus, denominada Ómicron, que levou o mundo a se isolar de nove países da África Austral, incluindo Moçambique.


Apesar das autoridades de saúde ainda não terem identificado qualquer caso da nova variante no país, os indicadores do novo Covid-19 no país voltaram a disparar, numa altura em que se aproxima a quadra festiva.

Até ao dia 24 de Novembro, um dia antes do anúncio da nova variante, Moçambique contava com um total de 151.503 casos positivos, dos quais 98 estavam activos. Aliás, em Novembro, as autoridades de saúde moçambicanas diagnosticavam diariamente abaixo de 20 casos do novo coronavírus (apenas no dia 30 de Novembro foram diagnosticados 20 casos em todo o mês), sendo que no dia 24 tinham sido diagnosticados apenas oito novos casos. Até àquela data, o país também contava com apenas dois internados.

Entretanto, o cenário mudou a partir do primeiro dia de Dezembro. No dia em que mundo assinalava a data da luta contra o HIV/SIDA, as autoridades de saúde diagnosticaram 46 novos casos do novo coronavírus. Sete pessoas eram dadas também como internadas. Assim, o gráfico das novas infecções pelo novo coronavírus voltava a subir, depois de ter sacudido o país entre os meses de Junho e Agosto.

No dia 02 de Dezembro foram diagnosticados mais 58 novos casos e o número de internados subiu para nove. No dia 08, os números dispararam 206 novos casos, porém, o número de internados tinha baixado para oito. No dia 11 foram diagnosticados 443 novos casos e 17 pessoas encontravam-se internadas. Já esta terça-feira, 14 de Dezembro, foram diagnosticados 733 novos casos e o número de pacientes hospitalizados subiu para 29.

Se até 24 de Novembro, o país contava com 98 casos activos, até esta terça-feira, as autoridades da saúde contabilizavam 2.582 pessoas actualmente infectadas pelo novo coronavírus.

A cidade e província de Maputo continuam sendo os principais pontos do país, onde o vírus se propaga à velocidade da luz. Dos casos registados no dia 08 de Dezembro (206), 150 foram notificados na cidade de Maputo e 39 na província de Maputo. Dos casos anunciados no dia 11 (443), a capital do país contribuiu com 214 e a província de Maputo com 150. Já dos casos notificados esta terça-feira, 365 foram diagnosticados na cidade de Maputo e 238 na província de Maputo. Dos 29 pacientes actualmente internados, 24 estão na cidade de Maputo, quatro em Inhambane e um em Manica.

Referir que o país conta, actualmente, com um cumulativo de 154.520 casos do novo coronavírus, sendo que 149.989 estão recuperados e 1.945 perderam a vida.
Fonte: Cartamz
MISAU reforça-se com mais 26 novos médicos especialistas

O Ministério da Saúde acaba de “ganhar” 26 novos médicos especialistas, formados nas áreas de Cirurgia Geral, Dermatologia e Venereologia, Emergências Médicas, Ginecologia e Obstetrícia, Pneumologia, Cirurgia Maxilo-Facial, Ortopedia e Traumatologia, Pediatria, Saúde Pública, Medicina Familiar e Comunitária, Neurologia pediátrica e Neonatologia.


Segundo o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, é vontade do sector que dirige que, a curto e médio prazo, o país seja auto-suficiente em número de especialistas de qualidade e padrão internacional.

“A formação médica especializada tem merecido uma particular atenção do Governo, prova disso é a criação, em 2016, da Comissão Nacional de Residências Médicas”, disse Tiago, citado em comunicado de imprensa, publicado pela maior unidade sanitária do país. O governante sublinha que um dos pilares de extrema importância no Sistema Nacional de Saúde é a disponibilidade de recursos humanos em qualidade e quantidade, geograficamente distribuídos a nível nacional.

Já a Directora Científica e Pedagógica do Hospital Central de Maputo (HCM), Cesaltina Lorenzoni, fez saber que, nos últimos cinco anos, a instituição formou 210 médicos especialistas, sendo que os programas com maior número de formados são os de Pediatria (39), Ginecologia e Obstetrícia (33), Cirurgia Geral (23), Medicina Interna (16) e Anestesia e Reanimação (12), num universo de 26 programas de especialidade.

O HCM sublinha que, para o ano corrente, 76 candidatos iniciaram a residência médica, sendo que 33 ainda se encontram em formação.
Fonte: Cartamz
Detidos três indivíduos na posse de dois cornos de rinoceronte na Matola

A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve, nesta terça-feira, três indivíduos na posse de dois cornos de rinoceronte. Os indivíduos foram detidos no Terminal de Transportes Rodoviários do bairro de Malhampsene, no Município da Matola, província de Maputo. A Polícia refere que os três indivíduos vinham do distrito da Moamba, tendo como destino a capital do país, onde se encontram os presumíveis compradores.


Aos jornalistas, os indiciados disseram apenas serem intermediários. Afirmaram ainda que o grupo era constituído por quatro pessoas, sendo que o quarto integrante foi solto pela Polícia. Aliás, dizem que este é quem trazia os cornos na sua mochila.

Carmínia Leite, porta-voz da PRM na província de Maputo, refuta estas alegações e garante que o grupo era constituído por três membros e que todos foram detidos. Neste momento, a Polícia está a efectuar diligências, com vista a responsabilizar criminalmente os infractores.
Fonte: Cartamz
Covid-19: Moçambique deteta 17 casos da variante Ómicron
Covid-19: Moçambique deteta 17 casos da variante Ómicron

"Ao todo, agora o país tem 17 casos de Ómicron", disse a jornalistas Armindo Tiago, sem avançar mais detalhes, à margem do lançamento da "caravana da vacina", na segunda-feira (13.12), em Maputo.


Em novembro, o ministro da Saúde moçambicano anunciou que o país estava a investigar dois casos de Covid-19 suspeitos de infeção pela variante Ómicron, um com sintomas ligeiros e outro sem nenhum.

Armindo Tiago avançou que "todos [os casos] foram confirmados", o que leva Moçambique a constar da lista de países com casos confirmados da nova variante.

Para o governante, a disseminação da Ómicron "exige o reforço das medidas de prevenção", entre as quais a toma da vacina contra o novo coronavírus.

Caravana da vacina
A "caravana da vacina", a passar por locais de maior concentração populacional na cidade de Maputo, numa fase piloto, é uma iniciativa que visa acelerar o processo de imunização contra a Covid-19 em Moçambique.

Cerca de 4,6 milhões de moçambicanos já foram completamente vacinados contra o novo coronavírus a e pouco mais de 7,1 milhões de pessoas receberam a primeira dose do imunizante, segundo os últimos dados das autoridades de Saúde.

Moçambique tem um total acumulado de 1.945 óbitos e 153.787 casos positivos de Covid-19, dos quais 149.964 recuperados. A doença provocou pelo menos 5.304.397 mortes em todo o mundo, entre mais de 269 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia.

A variante Ómicron, classificada como "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 57 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
Fonte: DW
EUA estabelecem parcerias com sector privado e universidades moçambicanas para reduzir desemprego nos jovens
EUA estabelecem parcerias com sector privado e universidades moçambicanas para reduzir desemprego nos jovens

O Governo norte-americano, através da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), lançou, nesta segunda-feira, nas províncias de Maputo e Manica, um programa de desenvolvimento de carreiras no ensino superior, como forma de reforçar as habilidades de empregabilidade dos jovens recém-formados.


De acordo com as informações avançadas pela Embaixada norte-americana em Maputo, nesta primeira fase, o Governo de Washington DC estabeleceu parcerias com três instituições de ensino superior e um número não especificado de empresas privadas para expandir a orientação profissional, o desenvolvimento de competências e a prontidão para o mercado de trabalho. As instituições de ensino superior abrangidas pela fase-piloto do programa são as Universidades Eduardo Mondlane e Púnguè e o Instituto Superior Politécnico de Manica.

De acordo com a Embaixada norte-americana, em Maputo, as altas taxas de desemprego entre os jovens recém-formados em Moçambique e no mundo devem-se, principalmente, à falta de oportunidades para adquirir as competências e experiências de trabalho aplicáveis, requisitos exigidos pelo sector privado para competir numa economia global.

“As mulheres e as pessoas com deficiência têm enfrentado dificuldades particulares, incluindo preconceitos de gênero e questões de acessibilidade”, refere o Governo norte-americano em comunicado de imprensa. O programa, refira-se, será implementado em quatro anos e está avaliado em mais de dois milhões de USD.
Fonte: Cartamz
Ordem recua e revoga quebra de sigilo profissional ao “advogado-delator”
Ordem recua e revoga quebra de sigilo profissional ao “advogado-delator”

Imran Ahmad Adam Issa, advogado inscrito na Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM), com carteira profissional nº 762, está impedido de “detonar” os seus ex-clientes, que estão em julgamento na 6ª Secção Criminal do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, no âmbito do caso das “dívidas ocultas”, que decorre no Estabelecimento Penitenciário de Máxima Segurança (vulgo B.O.), na província de Maputo.

A quebra de sigilo profissional solicitada pelo advogado foi revogada esta segunda-feira pelo Bastonário da OAM, Duarte Casimiro, depois de acompanhar as revelações “bombásticas” de Imran Issa, durante os dois dias da sua audição na tenda da B.O. Duarte Casimiro e colegas entendem que Imran Issa ultrapassou os limites estabelecidos para a quebra do sigilo profissional, o que coloca em causa a credibilidade da profissão de advocacia.
“Das declarações prestadas pelo ilustre Dr. Imran Ahmad Adam Issa, no âmbito do julgamento do Processo Querela nº 18/TJCM/6ª/2019-C, nos dias 06 e 07 de Dezembro de 2021, constatou-se que as mesmas excederam manifestamente os limites dos actos de advocacia prestados a favor dos seus ex-constituintes expressamente referidos no requerimento submetido e autorizado pelo Presidente do Conselho Nacional da Ordem dos Advogados de Moçambique, nomeadamente, os có-reus Zulficar Ali Esmail Ahmad e Fabião Salvador Mabunda”, diz o despacho assinado por Duarte Casimiro, referindo-se ao facto de Imran Issa ter invocado factos relacionados a réus e entidades não mencionadas no seu requerimento, nomeadamente, os co-réus António Carlos Do Rosário, Gregório Leão José e Ângela Leão, bem como os nomes do Presidente da República e do seu filho.
O facto é que, na sua audição, para além de abordar assuntos ligados a Fabião Mabunda e Zulficar Ahmad, divulgou factos que comprometem António Carlos Do Rosário, o PCA das três empresas caloteiras; assim como a Ângela Leão e Gregório Leão. Aliás, a defesa de Ângela Leão pediu a nulidade das suas declarações pelo facto de as ter feito sem a presença da ré. Disse ainda que o Chefe de Estado e seu filho (não identificado) visitaram António Carlos Do Rosário na cadeia, tendo lhe assegurado que tudo estava “controlado”.
No entanto, no requerimento datado de 25 de Agosto de 2021, submetido à Ordem dos Advogados, no qual pede a quebra do sigilo profissional em virtude de ter sido notificado pelo Tribunal para prestar declarações, no âmbito do julgamento das “dívidas ocultas”, Imran Issa não cita os nomes de António Carlos Do Rosário e nem do casal Gregório e Ângela Leão.
No documento, diferido por Duarte Casimiro a 29 de Setembro de 2021 (mesma data em que deu entrada na OAM), o advogado refere que prestou assistência jurídica a “um dos réus e prestou apoio legal a uma das empresas citadas no processo”, porém, sem clarificar de que réu se tratava e muito menos a empresa que estava sendo citada. Apenas fez referência ao facto de ter sido advogado de Zulficar Ahmad e Fabião Mabunda, durante a fase de instrução do processo. Só no Tribunal se soube que o reu a quem Imran Issa prestou serviços de advocacia era António Carlos Do Rosário e que a empresa citada no processo, e a que também prestou serviços, é a Txopela Investiments.
“Ao autorizar a cessação de obrigação de sigilo profissional de todos os actos de advocacia por si executados aos seus ex-constituintes citados no referido processo, nomeadamente, Zulficar Ali Esmail Ahmad e Fabião Salvador Mabunda, o Presidente do Conselho Nacional não concedeu desvinculação de todos os deveres profissionais a que está adstrito, nem era sequer previsível que fizesse um uso excessivo e reprovável da autorização concedida, em prejuízo da imagem, nobreza e dignidade da profissão”, diz o despacho a que “Carta” teve acesso.
Assim, “decido revogar, com efeitos imediatos, a autorização de cessação de sigilo profissional de todos os actos de advocacia por si executados aos seus ex-clientes citados no referido processo”, sentenceia o documento exarado por Duarte Casimiro na manhã desta segunda-feira. Isto é, no seu regresso à tenda, Imran Issa está proibido de detalhar os actos por si praticados a favor de Ângela Leão, a única arguida citada pelo advogado e que não estava presente na sala das audições.
Refira-se que o julgamento das dívidas ocultas está suspenso até ao próximo dia 06 de Janeiro, devido ao surto do novo coronavírus que abala os intervenientes processuais do caso das “dívidas ocultas”. 
Fonte: Cartamz
QUEREMOS O ANIBAL DE VOLTA AOS PALCOS

QUEREMOS O ANIBAL DE VOLTA AOS PALCOS
Anibal Chiteve é actor  e humorista do grupo de teatro Haya-haya da Beira por mais de trinta anos.


Sempre viveu a paixão pelos palcos, comunicando e transmitindo alegria a milhares de pessoas. 
Infelizmente por causa de uma condição rara de saúde encontra-se impossibilitado de actuar. 

"Ele quer voltar aos palcos.
 
Para que este sonho se realize, pedimos o seu  apoio para fazer face aos altos custos de tratamento (cerca de trinta mil euros até ao dia 10 de Janeiro) que deverá iniciar em Portugal, os quais superam as suas capacidades financeira e da família no geral. 

Abaixo encontrará os detalhes da conta bancária e do Mpesa para onde deverá canalizar todo o apoio que puder.

Agradecemos a todos pela atenção.

BCi
Grupo de teatro Haya-Haya
Numero conta: 1692000210001
NIB: 000800001692000210180
 Ponto 24 : 842476831 Lúcio Chiteve
Mpesa 846654758 Anibal Chiteve. 

NB. Sexta-feira dia 17 de Dezembro, haverá uma gala de angariação de fundos no SOLANGE BEACH CLUB pelas 18h. 
Ingresso 1.000,00Mt
A sua ajuda é importante!

QUEREMOS O ANIBAL DE VOLTA AOS PALCOS


Estado vai modernizar a formação da PRM atento a novos tipos de crimes
Estado vai modernizar a formação da PRM atento a novos tipos de crimes

A modernização da formação da Polícia da República de Moçambique (PRM) revela-se cada vez mais importante no combate aos novos tipos de crimes que tendem a ganhar espaço no país. De acordo com o Presidente da República, Filipe Nyusi, a corporação deve estar à altura de responder os anseios da sociedade no domínio da defesa e segurança.


Filipe Nyusi discursava no decurso da cerimónia de encerramento do 19º Curso Básico de Intervenção Rápida e o Segundo Curso de Capacitação dos Polícias de Trânsito, na Escola de Sargentos de Polícia Tenente General Oswaldo Assahel Tazama, no distrito de Nhamatanda, província de Sofala.

Na ocasião, o estadista defende maior compromisso da polícia na defesa não só no território nacional, mas na criação de estratégias para a fortificação da segurança na região Austral de África. 

“A nossa presença neste evento traduz a importância, prioridade e centralidade que atribuímos às Forças de Defesa e Segurança, neste caso específico a PRM, e de forma geral a segurança nacional. É nossa convicção que sem segurança a altura não há desenvolvimento. A formação de qualidade destes jovens que prestaram juramento à bandeira para proteger o Estado e defender o território é um marco nas respectivas carreiras profissionais e uma tinta indelével da ESAPOL que inteiramente produz sargentos e agentes de polícia destemidos”, acrescentou o Presidente da República.

Para o Chefe do Estado, o aparecimento de novos crimes desafia o país para uma formação da polícia atenta aos novos tempos. 

“Por isso, persistam a vossa marca de formar com qualidade os futuros agentes de proteção de pessoas e bens. Vivemos momentos em que, à Polícia da República de Moçambique, são impostos grandes desafios decorrentes de factores multifacetados. A dinâmica sócio-cultural e religiosa que o país experimenta; a descoberta de recursos minerais e a sua situação geográfica e geoestratégica constituem oportunidades para o nosso desenvolvimento, ao mesmo tempo são potenciais ameaças à segurança, exigindo abordagens inovadoras, equilibradas e respostas proactivas em concertação com outros sectores das Forças de Defesa e Segurança de países irmãos”, destaca.

Aposta na modernização da formação do homem e equipamentos
O Chefe do Estado anunciou que o Estado vai modernizar a formação dos quadros da Polícia da República de Moçambique para garantir a ordem e tranquilidade públicas.

“A formação contínua das forças policiais como parte da política e estratégia nacional de defesa e segurança materializa a nossa visão de que o capital humano é o melhor investimento a realizar para assegurar o progresso e bem-estar dos moçambicanos. Por isso, o Governo de Moçambique continuará a investir na formação e capacitação de quadros, buscando, sempre que necessário, parcerias profícuas como esta com o Zimbabwe, por forma a melhorar continuamente a resposta à multiplicidade de desafios de segurança nacional que se impõe. É importante ver que estamos a evoluir muito com uma boa velocidade na formação dos recursos humanos, quase que mensalmente estamos a libertar jovens, mas também queremos embarcar no equipamento para a modernização desses jovens”, acrescentou.

Aos graduados, espera-lhes a missão de ajudar a combater o terrorismo no teatro operacional norte. “Por isso, esperamos de vós uma saudação especial por terem concluído com sucesso esta importante fase da vossa formação e especialização. A vossa formação termina num momento particularmente sensível para o país, é que as forças de defesa e segurança estão no teatro operacional a combater o terrorismo. Com o vosso ingresso, esperamos o aumento da proatividade policial na contenção e erradicação deste mal. A vossa presença no teatro operacional e nas diversas frentes, como é o caso do distrito, o teatro vai produzir sinergias positivas e contribuir para uma maior segurança, tranquilidade e ordem públicas”.

Filipe Nyusi reforçou o sentido de compromisso e responsabilidade que devem caracterizar a postura dos membros das forças de defesa e segurança.

“Ser membro das forças de defesa e segurança é um compromisso, uma obrigação e um engajamento do cumprimento rigoroso e obediência a cadeia de comando que rege. Ser membro das forças de defesa e segurança obriga ao respeito permanente pelos interesses soberanos da pátria. O combate sem trégua a todas manifestações de crime e actos que ponham em causa a estabilidade, paz e convívio social, ordem e segurança e tranquilidade públicas”. 

Homens residuais da Renamo 
Integram o grupo de graduados, 36 homens das forças residuais da Renamo que também juraram defender o povo moçambicano, como membros das Forças de Defesa e Segurança.

“Juraram a bandeira, agora parem de dizer que são oriundos da Renamo, já não são. São Polícias da República de Moçambique. Esta formação enquadra-se no âmbito dos consensos alcançados entre o Governo e a Renamo, com o objectivo de garantir uma paz efectiva e duradoira, num exercício de construção de confiança e inclusão, porque só a paz e em paz o nosso país prospera”.

O Presidente da República disse que 36 homens das forças residuais da Renamo deverão receber missões, independentemente da sua origem partidária.

“Poderão receber tarefas específicas e diferenciadas, de modo a se explorar a experiência que cada um de vós possui em função a dispositivos que serão afectos, mas nunca se esqueçam que juraram defender a pátria no seu todo e todos obedecem a um único comando”.

Filipe Nyusi disse que os 36 agentes da PRM que tiveram uma formação especial se juntam a milhares de moçambicanos que noite e dia trabalham na defesa da lei e ordem, “defendem as nossas conquistas e a nossa soberania e tudo fazem para que Moçambique viva em paz efectiva. Ontem eram pessoas que se confrontavam nos campos de batalha, mas hoje, graças a confiança que temos estado a construir, estão todos na mesma formatura, prontos para enfrentar os inimigos comuns dos moçambicanos, isto é, o terrorismo e todo tipo de criminalidade”, disse o Chefe do Estado.
Fonte: Evidencias 
Cabo Delgado: "Assistência extremamente desigual" gera tensões entre deslocados
Cabo Delgado: "Assistência extremamente desigual" gera tensões entre deslocados

"Causas e Determinantes do Conflito em Cabo Delgado e o seu Impacto na Vida das Mulheres" é o título de um estudo apresentado na semana passada em Moçambique. O estudo é da autoria do Centro de Estudos Estratégicos da Universidade Joaquim Chissano em parceira com a ONU Mulheres.


O documento alerta para o risco de conflitos gerado pela desigualdade na distribuição de ajuda humanitária às pessoas afetadas pelos ataques armados em Cabo Delgado, norte de Moçambique.

À DW África, a investigadora Egna Sidumo, uma das autoras do estudo e especialista em prevenção de extremismo violento, diz que constaram que na província os "centros de deslocados são locais focos de conflitos” por falta de uma divisão justa de ajudas aos mais necessitados.

DW África: Há condições para que o apoio aos deslocados seja feita de acordo com as suas necessidades?

Egna Sidumo (ES): Primeiro teríamos de dividir isto em duas partes: as condições logísticas e a organização dos parceiros. A ajuda humanitária em Cabo Delgado é feita por uma imensidão de parceiros que trabalham em várias áreas importantes. Mas, recentemente o que nós encontramos no terreno, é que esta ajuda não é coordenada entre os parceiros. Por isso, encontramos comunidades que têm acesso à água potável, assistência médica - ainda que é precária - mas funciona de manhã até ao final da tarde. Obviamente há alguns desafios para quem precise ir a um centro de saúde à noite, principalmente as mulheres grávidas. Estas comunidades têm estruturas mínimas de acesso aos serviços básicos de saúde e educação.

Entretanto, encontramos outras comunidades que não têm essas estruturas, comunidades onde falta absolutamente tudo, com dificuldades para aceder à água potável e onde as populações ainda utilizam água dos rios e não recebem outro tipo de ajuda que não seja alimentar. Penso que estas duas dimensões devem ser muito bem pensadas. Então, uma maior coordenação dos parceiros na implementação da ajuda humanitária iria garantir uma divisão mais equilibrada no acesso aos serviços.

O que acontece agora é uma assistência extremamente desigual.
DW África: Quais seriam as consequências, a médio prazo, de uma ajuda desajustada?

ES: Eu penso que as consequências mais evidentes de uma ajuda desajustada são os conflitos, as tensões. Se a ajuda humanitária continuar desajustada, sem atender as necessidades das populações, as pessoas vão ter a necessidade de procurar outras opções para sobreviver. E esta foi uma das causas do conflito, obviamente não é a única que possa explicar o nível de violência em Cabo Delgado. Mas o facto de as pessoas não verem nenhuma outra opção, a não ser o uso da violência para conseguir o mínimo para sobreviver, o que provavelmente vá acontecer nos centros. Tivemos nos centros onde queríamos formar grupos locais, simplesmente não conseguíamos porque as pessoas tinham a sensação de que esses grupos eram para registar ou identificar pessoas que vão receber ajudas. Sentiam-se que porovavelmente poderiam ser excluídas de um benefício se não participassem. Então preferiam bloquear ou boicotar todo o processo de consulta que nós estávamos a fazer. Não queriam que nós pudéssemos reunir com uns e não com os outros. Isso prova um altíssimo nível de tensão e denota que as pessoas estão num nível de expetativas em relação as ajudas que não estão a ser satisfeitas e que comprometem um pouco a coesão e a relação entre as pessoas. Nós sempre pensamos os conflitos nas áreas onde já existem ataques, mas os centros de deslocados acabam por ser um local de altíssima tensão por falta da [realização das] necessidades básicas. 

É preciso recordar que as populações deslocadas não têm absolutamente nada para fazer, dependem só da ajuda humanitária. Temos raras exceções dos deslocados que conseguem empregos precários para sobreviver. 
Fonte: DW
População continua a fugir de ataques no Niassa
População continua a fugir de ataques no Niassa

Cidadãos da província do Niassa clamam por ajuda para o combate aos frequentes ataques que têm decorrido no distrito de Mecula. Na passada quarta-feira (08.12) insurgentes invadiram as aldeias de Licengue, Temene e outras onde mataram e sequestraram pessoas e queimaram casas.

O terror em Mecula mantém-se e a população continua a procurar refúgio na sede do distrito e em Lugenda. "A situação aqui continua, queimaram em Licengue casas com três mortes e daí passaram para Temene, rebocaram três pessoas, outros estão na sede do distrito e outros na localidade de Lugenda", confirma Titos Rui, residente em Lugenda. "O Governo prometeu apoiar e aqui não há apoio, quem apoia é a população", lamenta.
Bernardo Imene, transportador da via Mecula-Marrupa, queixa-se que os ataques já estão a prejudicar a sua atividade: "O número de passageiros reduziu, porque muitos saíram para Lichinga e Cuamba, então agora não há muito movimento entre Marrupa e Mecula, não há passageiros de Mecula, porque a maioria já saiu de lá", explica.
Polícia diz que grupos armados já chegaram ao Niassa
Este domingo (12.12), o comandante-geral da Polícia, Bernardino Rafael, admitiu que as ações terroristas que começaram em Cabo Delgado expandiram-se para o Niassa. Em entrevista à Televisão de Moçambique, Rafael revelou que uma operação foi realizada na província.
ʺColegas foram feridos e na operação que fizemos conseguimos destruir um pequeno acampamento onde tinham estado indivíduos armados", adiantou. "Foi atingido um dos terroristas que era procurado. A partir desta morte tiramos a conclusão de que se trata de terroristas que atravessaram de Cabo Delgado para Mecula".
As declarações da polícia surgem depois de o governo provincial do Niassa ter alertado, no início do mês, para a possibilidade de os insurgentes usarem o Niassa como "refúgio", na sequência da fuga face à ofensiva das tropas conjuntas em Cabo Delgado.
Fonte: DW
Já foi encerrada a primeira base militar da RENAMO no norte de Moçambique
Já foi encerrada a primeira base militar da RENAMO no norte de Moçambique

"Temos o prazer de comunicar que foi alcançado um marco positivo no processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração [DDR] com o encerramento da primeira base militar da Renamo", afirmou Mirko Manzoni, em comunicado de imprensa.


Um total de 560 combatentes da base, localizada no distrito de Murrupula, foram desmobilizados, declarou Manzoni. Considerou que com o fim da base de Murrupula, a desmobilização dos antigos homens armados da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) prossegue a marcha para a conclusão do DDR.
Passam assim a 11 o número de bases do braço armado do principal partido da oposição já encerradas desde junho de 2020, no âmbito do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado entre a RENAMO e o Governo moçambicano a 06 de agosto de 2019, que acabou com meses de instabilidade política e militar provocada pela contestação aos resultados das eleições gerais de 2014.

Mirko Manzoni observou que 63% do efetivo militar da RENAMO já foi abrangido pelo DDR, manifestando expetativa na conclusão do processo.

"Passos importantes rumo à paz definitiva"
"Para além dos progressos no desarmamento e na desmobilização, este ano, o país deu passos importantes e intencionais rumo à paz definitiva, com progressos tangíveis nas áreas da descentralização, reintegração e reconciliação nacional", destacou Manzoni.

O enviado pessoal do secretário-geral da ONU e presidente do grupo de contacto para negociações de paz em Moçambique assegurou que vai continuar o trabalho com os signatários do acordo, comunidades e parceiros visando permitir que os homens e mulheres desmobilizados da antiga guerrilha da RENAMO deem o seu contributo na construção da paz e prosperidade de Moçambique.

O Acordo de Paz e Reconciliação Nacional foi o terceiro entre o Governo da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e a RENAMO, tendo os três sido assinados na sequência de ciclos de violência armada entre as duas partes.

No âmbito do entendimento, devem ser desmobilizados cerca de cinco mil guerrilheiros, sendo que alguns foram incorporados nas Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas.
Fonte: DW

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