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LAM cede arranjo político para incluir Aeroporto de Chongoene
LAM cede arranjo político para incluir Aeroporto de Chongoene
-Foi a África do Sul alugar um avião de 16 lugares para a operação suicida
-Aeroporto FJN opera sem balcão de emissão de bilhetes e sem serviços de handling
Dias depois da publicação, neste jornal, que dava conta que, passado o voo inaugural, o novo Aeroporto em Gaza não recebeu nenhum outro avião, uma pressão política iniciou, forçando as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) a incluírem nas suas rotas o Aeroporto de Chongoene. O primeiro voo comercial está agendado para iniciar no próximo sábado (18). O Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE), braço empresarial do Estado, foi quem levou esse arranjo político às LAM após ordens superiores, à semelhança da fracassada rota Maputo – Lisboa. Após ceder à pressão política, a LAM foi alugar, na África de Sul, um avião de pequeno porte, de 16 lugares, como os que são usados para escalar pequenos aeródromo, no entanto, apesar das promoções resultantes da isenção das taxas aeroportuárias, a procura continua além do desejado e a pequena aeronave pode voar vazia.

Nelson Mucandze

Até há quatro dias, a companhia da bandeira não tinha incluído nas suas rotas a província de Gaza e por questões de viabilidade do negócio não estava nos planos operar aquela rota. E aos curiosos, a resposta da LAM era que não voava para Gaza.

Com receio de dar razão aos céticos que não acreditam na viabilidade do Aeroporto de Chongoene, uma decisão política, igual a que urdiu o fracassado voo Maputo-Lisboa, obrigou a companhia de bandeira a entrar numa missão suicida e fazer de tudo para incluir Gaza nas suas rotas.

O anúncio da boa nova foi feito no dia 10 passado, na página das redes sociais da LAM, e, momentos depois, a empresa Aeroportos de Moçambique, que chegou a gastar cerca de 1.3 milhões de dólares numa pálida campanha de marketing para promoção da imagem do novo aeroporto, anunciou a isenção de custos para democratizar os bilhetes de avião naquela rota.

A rota inclui, para além de Maputo – Xai-Xai, um voo para Joanesburgo a partir daquele aeroporto. Contudo far-se-á somente um voo por semana. O cartaz, nas redes sociais, já vem blindado e restrito a comentários. Não temos conhecimento de qualquer anúncio da LAM que tenha sido publicado naqueles moldes.

Ao que o Evidências apurou, a LAM teve que alugar um pequeno avião de 16 lugares na África do Sul, como que a justificar o baixo nível de procura. Até o fecho desta edição, Evidências soube, de fontes, que apesar das promoções, a procura se encontrava abaixo da metade, sugerindo mais uma despesa que pode não vir a ser coberta.

Na encenação para o voo não sair vazio, há lobistas que estão a pagar o voo para certas pessoas, bilhetes pagos para ida e volta no mesmo voo.

Enquanto o arranjo político viabiliza o voo triangular que irá fazer Joanesburgo – Maputo – Xai-Xai, há esforços para vender a ideia de que o investimento constitui uma necessidade. Mas no terreno, o Aeroporto continua despreparado e sem nenhum balcão de emissão de bilhetes e sem serviços handling, um serviço prestado em terra para apoio às aeronaves, passageiros, bagagem, carga e correio, à semelhança de MHS.

As campanhas de mobilização de passageiros contam com apoio dos Aeroportos de Moçambique (AdM), um insólito, quando uma empresa de aeroportos faz campanha a favor de uma companhia aérea.

Um suicídio a moda Voo Maputo-Lisboa?
A baixa procura pode ser explicada pelo facto de ser mais económico viajar via terrestre que via aérea. É que em termos de tempo, não há qualquer diferença: O tempo normal de check-in nos aeroportos são duas horas antes da partida, e de Maputo a Xai-Xai são 25 minutos de voo, a soma do tempo que se gasta de transporte aéreo é o mesmo que gasta na estrada. Até aqui, questiona-se o estudo de viabilidade e a proveniência dos dados que indicam que, anualmente, 200 mil passageiros vão voar para o aeroporto.

Apesar dos esforços para desmentir, o Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi está longe de ser um destino preferencial para passageiros. Foi inaugurado com pompa e circunstâncias, mas poderá se tornar numa grande dor de cabeça para os gestores dos Aeroportos de Moçambique, que deverão fazer um esforço financeiro enorme para garantir a manutenção de mais uma infra-estrutura completamente improdutiva.

A agenda de voo para dia 18 surge depois do Evidências denunciar que numa pesquisa por bilhetes no site das Linhas Aéreas de Moçambique não tinha nenhum voo agendado para aquele destino, e em contacto com operadores aeroportuários e quadros seniores da LAM o Evidências confirmou o que já se temia: Nenhum voo escalou o elefante branco, que a qualquer dia pode virar um salão de festas.

Duas semanas após a sua inauguração, o majestoso aeroporto de Chongoene, que leva o nome do mais alto magistrado da nação, continuava às moscas e as crianças de Gaza, até o prometido dia 18, não viram nenhum avião pousar naquele recinto.

A operação que está a ser ensaiada para a LAM é igual ao arranjo político que culminou com a criação do fracassado voo Maputo-Lisboa, que contribuiu para a degradação da já calamitosa situação financeira da empresa, antes de ser interrompido sob pretexto de Covid-19, mas sabe-se que foi devido a sua inviabilidade, não obstante o facto de o modelo de aluguer do avião ser por de ajustes de compensação de lugares a serem vendidos, mas assumindo outros custos operacionais, tais como de combustíveis, entre outros, que a operação acabou suspensa.

Especialistas no mercado já apelidam a aventura da LAM pelas terras de Gaza como uma operação suicida financeiramente, uma vez que tirando os gastos com o aluguer, os custos operacionais serem bastante altos, que podem não ser cobertos com a bilheteira por haver poucos passageiros dispostos a gastar mais de oito mil meticais por uma distância de 30 minutos, que podem ser feitos em duas horas e meia de carro, quase mesma hora que dura o período desde o check-in até a chegada ao destino. Sem contar que no caso de viajantes de férias teriam que alugar carro no destino, somando outros custos.
Fonte: Evidencias
“Há uma Lei chamada ‘ordens superiores’ que não conhecemos”
“Há uma Lei chamada ‘ordens superiores’ que não conhecemos”
  -Manuel de Araújo sobre a actuação da polícia contra manifestantes
 - “A nossa oposição é dorminhoca e a juventude é amorfa”
 - “Eu, sinceramente, estou triste com a política nos três maiores partidos”
Numa entrevista de pouco mais de 50 minutos, o presidente do Município de Quelimane e um quadro sénior da Renamo, Manuel de Araújo, que recentemente foi impedido pela polícia de pedalar com embaixadores na autarquia que dirige, declarou que as constantes manobras de limitação da liberdade de manifestação devem-se ao facto do chefe do Estado, Filipe Nyusi, ser uma pessoa insegura com os seus conhecimentos e como político, por isso sempre precisa de exibir força para meter medo. Sobre a actuação da polícia para limitar as liberdades dos cidadãos, Araújo diz que a corporação ainda rege-se por regulamentos do tempo do mono partidarismo, recebem comandos do partido no lugar de seguir a lei. Nas entrelinhas, coloca o dedo na ferida e assume que a oposição moçambicana está dorminhoca e vê nos jovens uma força amorfa.

Reginaldo Tchambule

Não podíamos iniciar a nossa conversa sem antes perguntar como está a gestão municipal em Quelimane, num contexto de pandemia e uma economia praticamente adversa?

– A gestão municipal está boa e eu acho que se recomenda. Agora, se me perguntar se estou satisfeito, eu diria que não, ainda não atingimos aquilo que eu queria para Quelimane. Hoje, 07 de Dezembro, celebro 10 anos, porque foi a 07 de Dezembro de 2011 que os munícipes de Quelimane votaram-me e decidiram se libertar do jugo frelimista e desde lá até agora tem sido consistente esse pensamento.

Portanto, agradeço esta entrevista porque foi a 10 anos que aconteceu. É um dia especial, que gostaria de estar com os meus munícipes, mas sou vice-presidente da Mesa do Conselho Nacional da Associação Nacional dos Municípios, por isso estou cá (Cidade de Maputo), numa reunião do Conselho Nacional e não pude estar com os munícipes, mas a minha vontade era mesmo de estar com os meus, mas teremos no dia 30 de Dezembro, no dia que celebramos a minha tomada de posse, vamos celebrar.

10 anos depois, o teu sonho para Quelimane está realizado?

– Claramente que não. Como sabem, as Dívidas ocultas criaram uma péssima imagem para Moçambique e a nossa estratégia de desenvolvimento contava não só com recursos internos, mas também com recursos externos e quando a imagem do país fica suja, as pessoas deixam de confiar no moçambicano entanto que tal. É verdade que as grandes empresas de gás não se preocupam com isso, mas as pequenas e médias empresas, os outros municípios têm certo receio, porque as dívidas ocultas mexeram com a confiança em relação ao país.

Muitos bolsos se fecharam. Agora estamos a sobreviver com recursos internos, mas mesmo assim demos passos gigantescos em relação a aquilo que tínhamos traçado como prioridades, com destaque para a área de infra-estruturas. Em quase todos os bairros, hoje, tem estradas novas ou em pavé ou em alcatrão, melhoramos a sinalização horizontal e vertical, mas também demos um passo ímpar, que é a construção da primeira ciclovia de Moçambique, que é para dar segurança e comodidade aos nossos munícipes que andam de bicicleta. Como sabe, Quelimane é a capital da bicicleta.

O desafio nos próximos anos é transformar Quelimane na capital da cultura de Moçambique e sonhamos em nos tornar na capital da bicicleta e mobilidade urbana em África. Temos feito vários contactos, quer com diplomatas cá, quer com diplomatas moçambicanos no estrangeiro, no sentido de nos ajudarem a ultrapassar essa imagem negativa que existe em relação ao nosso país.

Recentemente, apresentou o plano estrutural de desenvolvimento de Quelimane. Já se começou a vender o plano?

– Ainda não começamos a vender. Estamos a estabelecer parcerias, digamos informais, porque estamos a espera da carta de conformidade do Ministério da Terra e Ambiente, que já devia ter sido enviada, porque já temos todos os documentos preparados para submetermos ao Ministério da Administração Estatal para a sua homologação, Mas se essa carta não aparecer nós vamos submeter ao Ministério e depois ficam lá a gerir entre os ministérios.

O plano de estrutura é a bússola de desenvolvimento de infra-estruturas de qualquer cidade. E no caso em concr eto é a bússola de Quelimane, porque quando tomamos posse não havia um plano. O plano que encontramos já havia expirado o prazo em 2009 e levamos todo esse tempo a desenhar o nosso plano, conseguir angariar fundos e compreender a funcionalidade do mesmo, porque nós não queríamos só um simples plano de infra-estruturas, mas queríamos um modelo. Portanto, fui ao Ruanda e fiquei impressionado com Kigali, que é uma cidade modelo em África e no mundo, mas em conversa com os gestores lá, disseram-me que nós nos inspiramos em Singapura, e sem mais fui a Singapura, para perceber o modelo.

O nosso sonho é ser Kigali de Moçambique e a Singapura de África e acho que se não fossem as dívidas ocultas já estaríamos muito adiantados.

Herdou o município de Quelimane com vários desafios. Em 10 anos conseguiu limpar a cidade que chegou a comprar ratos?

– Quando assumimos a cidade estava cheia de lixo, cheia de buracos e ciclicamente todos anos nós tínhamos cólera em Quelimane. Como bem disse, o município chegou a comprar rato dos munícipes, mas agora há mais de sete anos que não temos cólera em Quelimane. O pessoal não percebeu que o problema de ratos na cidade tinha a ver com problemas de saneamento e em vez de usar o dinheiro que havia para limpar o lixo, gastava-se esse dinheiro a comprar ratos.

Estavam preocupados com os sintomas e não com o problema. E quando nós entramos, transformamos o lixo em recurso sólido. Hoje nós transformamos o lixo em adubo, que posteriormente é entregue aos munícipes como fertilizante que ajuda a aumentar a produção e produtividade.

Isso nos ajuda a resolver o problema da desnutrição, pois, apesar de serem altamente produtoras, as províncias de Nampula e Zambézia têm mais de 52 por cento da população desnutrida. Estamos a trabalhar com vários parceiros europeus e globais para reduzir a subnutrição e limpar a cidade.

“A nossa polícia ainda rege-se por regulamentos do tempo do mono partidarismo”
Recentemente, teve um episódio em Quelimane, em que foi impedido de passear de bicicleta na sua própria cidade. Qual é o relacionamento que tem com as outras estruturas do poder ao nível da Zambézia?

– Com o actual administrador o relacionamento é 100 por cento. Com o actual governador e com a secretária de Estado também o relacionamento é a 100 por cento. Com esses eu não tenho problemas, o meu problema é com a polícia. A nossa polícia ainda é partidarizada e rege-se por regulamentos do tempo do monopartidarismo, recebem comandos do partido no lugar de seguir a lei.

Eu perguntei ao chefe da ordem, qual é a Lei que me proíbe de andar de bicicleta e qual é o comando jurídico que cobre a sua acção. Para o meu espanto, disse-me que não estou preocupado com as leis. Eu recebo ordens superiores. Então, neste país há uma lei chamada ordens superiores que eu não conheço. Pelo contrário, a Constituição da República postula que ninguém é obrigado a obedecer ordens ilegais. Portanto eu estou à espera de uma responsabilização daquele chefe da ordem.

Aliás, nós metemos uma queixa na procuradoria da província e outra na procuradoria da cidade. A polícia disse-me que não tinha autorização e eu perguntei a eles: afinal, quem manda nesta cidade? Infelizmente, quanto mais longe de Maputo, menos democracia existe. Ainda há distritos neste país onde vive-se o monopartidarismo, onde o  primeiro secretário da Frelimo manda no administrador, manda no enfermeiro e em todos. Isso é inaceitável, isso não é típico de um Estado de direito democrático.

Ainda esta semana, a polícia voltou a repelir uma manifestação de mulheres…

– A minha pergunta é: onde está a Procuradora-Geral da República, quando outras mulheres são violentadas e ela cala-se. Essa atitude da polícia não é de hoje. Eu já relatei uma série de episódios da polícia. Em 2018, queimaram a casa da minha mãe e a PGR não fez nada; em 2019, a polícia disparou contra o pneu do meu carro e a procuradoria não fez nada; na altura do governador Rasak, a polícia violentou as senhoras do MDM porque participaram num evento com bandeiras do partido, curiosamente ao lado estavam jovens da Frelimo empunhando bandeiras da Frelimo e não aconteceu nada. E o senhor que ordenou essa acção foi promovido Comandante da UIR, ou seja, os que violam a constituição são promovidos.

“O problema é que o nosso chefe do Estado é inseguro”
A Covid-19 tem sido usada como pretexto para repelir manifestações, contudo desde a tomada de posse do Presidente Nyusi, apenas OJM e OMM, órgão s sociais do partido Frelimo, têm sido os únicos movimentos que ainda gozam o direito à manifestação.

– A situação está a piorar. O problema é que o nosso chefe do Estado é inseguro. É inseguro com os seus conhecimentos, é inseguro com os seus técnicos e é inseguro com como político, então, uma pessoa insegura precisa sempre de exibir força para meter medo. É um problema de insegurança do chefe do Estado. A OMM e a OJM marcham todos os dias, aliás, um dia antes de me proibirem de marchar em Quelimane, o senhor Eduardo Mulembwe e a senhora Ana Rita Sitole marcharam com mais de 500 jovens em Milange.

Então quer dizer que neste país há pessoas especiais, capazes de privatizar as manifestações. Há uns que têm direito e outros que não. Isso não é um Estado de direito democrático.

E diante deste cenário, quais são as saídas que nós como sociedade temos?

– A saída é você escrever o que eu estou a dizer como eu disse, sem pintar. Prenderam mulheres? Amanhã devia haver mais mulheres na rua, o problema é que nós todos somos covardes, prendem um aqui e outros não vão lá. Quando prendem as mulheres, as mulheres deviam sair todas à rua em um número ainda maior. Não hão de nos matar a todos nós. É impossível.

Por exemplo, aquele miúdo, Max Love, foi baleado pelo ajudante de campo do governador Veríssimo, que disparou quando o miúdo estava num camião em movimento, a cantar com um micro, só que por azar ele trazia uma camisa de campanha como a minha.

Acha que você era o alvo e a intenção era te eliminar?

– Não tenho dúvidas. Eles pensaram que era eu que estava no micro e aquele que atirou é um profissional porque a bala entrou entre os dois olhos. Não é um “gajo” qualquer que num camião em movimento acerta na testa. Onde as pessoas são silenciadas não tem como ser um Estado de direito democrático. Quantas pessoas foram assassinadas pelos esquadrões da morte e quem saiu à rua? Todos nós somos coniventes, incluindo vocês como jornalistas (risos). Há provas factuais de que os esquadrões da morte estão dentro da polícia.

“A oposição está dorminhoca”
Como é que olha para a actualidade política nacional?

– Eu, sinceramente, estou triste com a política nos três maiores partidos. É triste o que está a acontecer na Frelimo, na Renamo e no MDM. Não havia necessidade para o MDM se dividir. No primeiro Congresso do MDM apresentei a sugestão de existir a figura de vice-presidente, que podia evitar aquele tipo de crises, porque era só ele assumir. Este país precisa de um MDM forte, mas é aquilo que estamos a ver. Vão se dividir, vai enfraquecer. O MDM já era um partido que era conotado com a família Simango e com os Ndaus, mas tinha um secretário-geral Cena, que saiu com os apoiantes dele, então vai ficar um partido da família Simango, um partido da Beira e Ndau. A não ser que Lutero mude e consiga trazer de volta outras pessoas.

Mas também podia falar da Renamo. A Renamo anda muda, não fala e há muito silêncio na liderança. No caso do incidente de Quelimane com as embaixadoras, apenas o parlamento falou, mas o partido não é só a bancada, tem o secretariado e tem a presidência, que simplesmente não disseram nada. Este era um assunto sério porque tratava-se de um problema com diplomatas. Havia três coisas: a violação de direitos de um cidadão moçambicano e membro do partido, tratava-se de um edil eleito pelo partido e foram violados direitos de diplomatas, que estão protegidas por via do acordo de Viena.

E que cenário vislumbra para as duas próximas frentes que se avizinham? Falo das eleições autárquicas e gerais.

– A oposição tem que se organizar e se tornar mais democrática, tem que estudar formas de fazer alianças. As alianças podem ser antes das eleições ou depois. Isso depende, mas tem que haver uma frente comum dos patriotas e nacionalistas deste país para resgatarmos a soberania do país, que foi vendida.

Desde 1984 quem dirige a economia deste país não são os moçambicanos, mas sim especialistas do Banco Mundial e do FMI. Agora, o sector da defesa não somos nós que mandamos, é o Kagame. A soberania já não está connosco. A maior vergonha para mim nem foi essa, foi os ruandeses terem tomado Mocímboa da Praia sem disparar nenhum tiro e a maior humilhação foi o que se viu no dia 25 de Setembro, quando os nossos militares foram substituídos por ruandeses e para terem acesso à base naval foram revistados por militares do Ruanda. O nosso sector da defesa tem que ser refundado.

E concretamente, que cenário prevê com esta oposição?

– A posição está num sono profundo. Tem que acordar, se é que tem algum sonho.

Há quem acredita que o regime actual está empenhado a aniquilar a oposição…

– Qualquer regime a sua função é aniquilar a oposição, portanto o regime faz a sua parte. Cabe a juventude fazer a sua parte. As ligas das juventudes dos partidos da oposição devem pressionar as lideranças para acordarem.

Falando em juventude. Como analisa os jovens da actualidade?

– A nossa juventude é amorfa. Nós quando éramos jovens de verdade obrigamos o governo a criar o Ministério da Juventude, porque queríamos que houvesse um assento no Conselho de Ministros para a juventude. E mais, a minha geração conseguiu tirar a OJM da Frelimo. Numa reunião na Matola nós dissemos, se é organização da juve ntude moçambicana tem que englobar todos os moçambicanos e isso aconteceu durante cinco anos, mas depois voltou. Nós conseguimos criar o Conselho Nacional da Juventude para ser a voz dos jovens, mas hoje os jovens são tão fracos que entregaram o CNJ à OJM.

Que tipo de futuro se pode vislumbrar com uma juventude como esta?

– Nós temos que formar a nova juventude.

Acredita numa juventude que se entregue à luta e ao sacrifício, sem pensar no “tacho” e na acomodação?

– Os jovens passam a vida a beber e a bajular os dirigentes e não tem agenda de nação, mas tenho esperanças que ainda é possível mudar. Sou optimista.
Fonte: Evidencias
EUA consideram Moçambique como um dos “portos seguro para os terroristas”
EUA consideram Moçambique como um dos “portos seguro para os terroristas”

No seu mais recente relatório, o Departamento de Estado dos Estados Unidos da América considera a província de Cabo Delgado, que desde 2017 tem sido fustigado pelos ataques dos grupos armados, como um “porto seguro para os terroristas”. Por outro lado, o país presidido por Joe Biden aponta   que Moçambique não tem estratégias para travar o terrorismo.


O Departamento de Estado dos EUA além de considerar Moçambique como um dos “portos seguros para os terroristas” lembra que, só em 2020, mais de 1500 pessoas foram barbaramente assassinadas pelos terroristas.

“Moçambique consta das áreas físicas onde os terroristas são capazes de se organizar, planear, arrecadar fundos, comunicar, recrutar, treinar, transitar e operar com relativa segurança, devido à capacidade inadequada de governação, falta de vontade política ou ambos”.

Por outro lado, o relatório refere que o Governo e os seus parceiros da SADC enfrentaram enormes dificuldades para reprimir as acções dos insurgentes, destacando que em 2020 o Estado Islâmico havia se instalado no grosso dos distritos da província de Cabo Delgado.

“Moçambique não tem uma estratégia de contraterrorismo para orientar as operações, e as agências carecem de treino, equipamento e capacidade, de uma forma geral, para detectar, impedir ou prevenir atos de terrorismo de forma proativa”, refere o relatório para depois acrescentar que urge a necessidade do Governo dar uma “resposta holística à violência terrorista que inclua o envolvimento da comunidade, além da actividade de segurança”

Olhando para o actual cenário a nível internacional, o Departamento de Estado dos EUA observa que “apesar dos importantes sucessos do contraterrorismo, os grupos terroristas continuam a ser uma ameaça persistente e generalizada em todo o mundo”
Fonte: evidencias
"Terrorismo e extremismo violento afetaram brutalmente" o norte
"Terrorismo e extremismo violento afetaram brutalmente" o norte

Nyusi falava esta sexta-feira (17.12) no discurso por ocasião do fim de ano, que desta vez o chefe de Estado não endereçou depois do Natal, por razões que a Presidência da República não explicou.


Repetindo na essência o que já tinha dito no discurso de quinta-feira no parlamento sobre "a situação geral da nação", o chefe de Estado moçambicano assinalou que a ofensiva conjunta das Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas, da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e do Ruanda reduziu a ação de grupos armados em Cabo Delgado.

"Congratulámo-nos com o empenho, dedicação e sentido patriótico das Forças de Defesa e Segurança, ao conseguirem, gradualmente, repor a tranquilidade nos locais afetados pelo terrorismo", declarou.

Junta Militar constituiu ameaça
Ainda no plano da segurança, as ações da Junta Militar, uma dissidência armada da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), principal partido da oposição, também constituíram uma ameaça à estabilidade na região centro do país.

Mas, prosseguiu, um país não é só marcado por adversidades, porque o executivo logrou conter a propagação da pandemia de covid-19, fazer crescer a economia para uma projeção de 2,1% até ao fim do ano e expandir os serviços essenciais de água, eletricidade, educação, estradas, ferrovias e pontes.

Também no domínio da economia, o país conheceu um salto importante nos projetos de gás natural na bacia do Rovuma, com a saída em novembro dos estaleiros na Coreia do Sul para Moçambique da primeira plataforma flutuante de produção de gás natural em África.

"Foram 365 dias a fazermos a nossa caminhada. Em 2022, queremos aumentar a nossa resiliência e a diversificação da nossa economia de modo a reduzir as vulnerabilidades a choques externos, financeiros, ambientais e riscos diversos", destacou. Para o próximo ano, Filipe Nyusi disse que o país tem que ser mais "criativo" no combate à pandemia.
Fonte: DW
Cabo Delgado: "Há uma relutância em partilhar inteligência militar"
Cabo Delgado: "Há uma relutância em partilhar inteligência militar"

Com a chegada à província de Cabo Delgado de forças externas, do Ruanda e da SADC, para ajudarem o Exército local a combater a insurgência, repetem-se os anúncios de vitória no palco de guerra. Para além de repelirem os insurgentes, recuperaram as áreas tomadas e algumas já começam a ser repovoadas.

Porém, a resposta dos insurgentes começa a chegar de outros lugares, como da província do Niassa, por exemplo. Assassinatos, raptos e destruição já são uma realidade na província vizinha de Cabo Delgado. E há até casos de aldeias de Cabo Delgado que estão a ser novamente alvo de ataques. A nova faceta da guerra já era esperada, para a especialista em contraterrorismo, Jasmine Opperman

Opperman defende que "a sustentabilidade em contra-insurgência é central para o sucesso [da guerra]", mas alerta para um problema: a falta de confiança em matéria de inteligência militar entre as forças militares conjuntas.

A DW conversou com ela sobre os desafios que se impõem agora para as forças conjuntas.
DW África: O alastramento da insurgência para o Niassa e outras províncias prova que a insurgência está longe do fim?

Jasmine Opperman (JO):  A luta contra a insurgência falhou logo do começo. Se olharmos para a ocupação de Mocímboa da Praia, o treino que tiveram, a liderança que tem e a ligação ao Estado Islâmico (EI), vimos uma situação típica do Afeganistão e do Mali. É extremamente difícil pôr fim a esta violência tão intrincada. Qual é o objetivo final de Maputo? É livrar-se da insurgência ou garantir apenas um corredor militar para o gás (LNG)? Isso levanta uma questão séria. Segundo, há um choque de titãs, temos uma séria competição de interesses, com a França a apoiar o Ruanda, sem sombra de dúvidas, até financeiramente, para proteger Palma e Mocímboa da Praia. Há uma grande área extremamente difícil de cobrir e os terroristas estão agora a dirigir-se para o Niassa, e esta província oferece as condições ideais para a insurgência: poucas infraestruturas, comida, água, e há dois anos é um centro de recrutamento. Esta expansão já era esperada e isso não me surpreende nada, era previsível. Então, a insurgência está longe do fim. Abordar as causas de que todos falam e uma solução vai levar gerações. Temos de ter paciência para lidar com isso a longo prazo.

A Total expressou o seu desejo de que haja condições para que a exploração do gás continue por causa de interesses económicos, e a ENI está a pressionar, o que é compreensível. Só não acho que o tempo esteja do lado deles. O tempo está do lado dos insurgentes. E não veremos o fim disto nos próximos cinco anos. A insurgência está à espera, usam a parte interna para se movimentarem e atacarem em pequena ou grande escala. Estão a avançar, estão a espalhar-se geograficamente tornando a situação extremamente difícil. E, enquanto as contra-forças quiserem permanecer nas estradas principais, os insurgentes estão a sorrir.
Fnte: DW
OMS diz que África recebe vacinas perto do fim da validade
OMS diz que África recebe vacinas perto do fim da validade

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que África tem destruído vacinas contra a COVID-19 porque foram enviadas com pouco tempo de validade.


Os responsáveis pelo programa de imunização e desenvolvimento de vacinas da Organização Mundial da Saúde em África lamentaram, ainda, a velocidade da vacinação na região, onde estão vacinadas 1,018 milhões de pessoas, dos 1,2 mil milhões.

Segundo os funcionários da OMS, África destruiu vacinas porque foram enviadas com datas próximas do fim da validade. A organização alertou ainda para a necessidade de garantir que o problema recorrente não volte a ser observado, tendo em conta o baixo índice de vacinados no continente.

A agência especializada em saúde revelou que já foram dadas ordens para entrega de vacinas, com pelo menos dez semanas de antecedência de validade, e que os países destinatários sejam avisados previamente para poderem preparar os meios logísticos.


ÁFRICA DO SUL BATE RECORDE DE 26.976 INFECÇÕES EM 24H

A África do Sul registou ontem um recorde diário de 26.976 infecções pelo novo Coronavírus. O recorde anterior de 26.485 infecções remonta a 3 de Julho, no auge da terceira vaga causada pela variante Delta.

Ainda ontem, a África do Sul, segundo escreve o “Expresso”, registou 54 mortes pela pandemia viral da COVID-19.

A última vez que a África do Sul atingiu um número recorde de casos foi a 3 de Junho no auge da terceira vaga e da variante Delta.

Desta vez, somadas algumas semanas após o anúncio da nova variante, o país registou esta quarta-feira, o seu maior recorde diário com 26.976 infecções pelo Coronavírus nesta quarta vaga.

Preocupado com a situação, o Governo Sul-Africano decidiu aprovar doses de reforço de vacina, para todos os cidadãos com mais de 18 anos.
Terroristas decapitam pastor de uma Igreja em Macomia
Terroristas decapitam pastor de uma Igreja em Macomia

É mais um acto bárbaro protagonizado pelos terroristas que, desde Outubro de 2017, vêm atacando alguns distritos da província de Cabo Delgado e que, recentemente, migraram para a província do Niassa, concretamente nos distritos de Mavago e Mecula.


Segundo fontes militares, na última quarta-feira, uma mulher residente na aldeia da Nova Zambézia, no distrito de Macomia, província de Cabo Delgado, dirigiu-se ao Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM), carregando um saco que no interior continha uma cabeça humana, pertencente ao seu esposo, que fora decapitado pelos insurgentes.

De acordo com o testemunho prestado pela mulher às autoridades policiais, os terroristas terão interceptado seu esposo num campo de cultivo na manhã daquele dia, tendo-o decapitado e de seguida entregue a cabeça à esposa e ordenado esta a informar as autoridades. A vítima era pastor de uma igreja cristã local.

Lembre-se, os ataques terroristas já afectaram mais de 800 mil pessoas, sendo que perto de três mil já foram assassinadas, desde civis, militares e integrantes do grupo terrorista.
Fonte: Cartamz
Nyusi não diz se Estado Geral da Nação é satisfatório ou não pelo sexto ano consecutivo
Nyusi não diz se Estado Geral da Nação é satisfatório ou não pelo sexto ano consecutivo

Começa a estar na moda o Chefe de Estado, Filipe Jacinto Nyusi, não dizer aos moçambicanos se o Estado Geral da Nação é satisfatório ou não. Depois de, em 2015 (no seu primeiro informe) ter admitido que “ainda não estamos satisfeitos com o Estado da Nação”, seguiram-se seis Informes, em que os moçambicanos não souberam se o Presidente da República estava ou não satisfeito com o rumo do país.


Ontem, no seu sétimo Informe sobre o Estado Geral da Nação, Filipe Nyusi qualificou o Estado Geral da Nação como de “auto-superação, reversão às tendências negativas e conquista da estabilidade económica” sem, no entanto, dizer se era bom ou mau.

“Num ano em que a única certeza que tínhamos era a incerteza, podemos afirmar com convicção e esperança que o Estado Geral da Nação é de auto-superação, reversão às tendências negativas e conquista da estabilidade económica”, disse o Chefe de Estado, quando concluía a leitura do documento.

Na verdade, trata-se de um tipo de avaliação que já se tornou viral no país. Em 2016, no seu segundo Informe, Nyusi disse: “a situação geral da nação mantém-se firme” e, em 2017, concluiu: “é desafiante, mas encorajador”. Já em 2018, o Presidente da República afirmou: “o Estado da Nação é estável e inspira confiança”.

Em 2019, último ano do seu primeiro mandato, Nyusi afirmou: “o Estado da Nação é de esperança e de um horizonte promissor” e, em 2020, no início do segundo mandato, defendeu: “o Estado da Nação é de resposta inovadora e de renovada esperança”. Ou seja, desde 2015 que o magistrado número um da nação não diz se o país está bom ou mau.

Segundo o Chefe de Estado, o ano de 2021 iniciou com grandes incertezas, sendo que as mesmas “foram agravadas por causa do terrorismo em Cabo Delgado e da insegurança na região centro e dos cíclicos desastres naturais que assolaram o país”.

Por isso, “decorridos 12 meses do ano civil que agora termina, podemos afirmar que os grandes resultados alcançados conferiram uma maior estabilidade e uma maior condição para a retoma do crescimento da economia”, defendeu, apontando o povo moçambicano como o principal responsável por estas “grandes conquistas”.

Nove factores contribuíram para as conclusões de Filipe Nyusi

Num Informe lido em 3 horas e 26 minutos (começou às 10:12 horas e terminou às 13:38 horas), o Presidente da República apontou nove factores que influenciaram a sua avaliação, nomeadamente, o combate ao terrorismo, controlo da Covid-19, combate à fome, acesso à água potável, energia eléctrica, educação, consolidação da economia, acesso ao emprego e construção de infra-estruturas.

De acordo com Filipe Nyusi, no combate ao terrorismo, registou-se uma redução de vítimas, assim como de frequência de ataques terroristas. Revela que, em 2021, foram registados 52 ataques, contra 160 ocorridos no ano anterior. “Em 2022 iremos prosseguir com o treinamento das forças especiais, reequipamento e modernização das Forças de Defesa e Segurança e procederemos à ocupação extensiva dos distritos e continuaremos a assegurar a cooperação militar internacional”, avançou.

Já no controlo da Covid-19, refere que o Governo conseguiu controlar a propagação do novo coronavírus, tal como reduziu os internamentos e os óbitos. “Iniciamos o processo de vacinação massiva e, em 2022, continuaremos com a monitoria e a vacinar toda a população considerada grupo-alvo”, assegurou o estadista.

“No combate à fome, verificou-se o aumento de agregados familiares com reservas alimentares, de 32%, em 2020, para 56% em 2021 (…); mais de 3 milhões de moçambicanos passaram a ter acesso à alimentação adequada, comparativamente ao período de 2016 a 2020, em que o número de pessoas com alimentação inadequada se manteve em cerca de 12 milhões”, afirmou Nyusi, citando os questionáveis dados do SETSAN (Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional).

Em relação ao acesso à água potável, Filipe Nyusi disse ter-se registado um aumento de 64% em 2020 para 73% em 2021, a percentagem de agregados familiares com acesso a fontes seguras de abastecimento de água, sendo que, em 2022, projecta-se aumentar a cobertura de água para as zonas rurais até 54% e 84.4% para as zonas urbanas.

Assegurou ainda que a taxa de energia, em 2020, foi de 38% e, em finais de 2021, será de 44% e que, no próximo ano, atingirá 50% da população moçambicana. Ou seja, a cada ano regista-se um crescimento de 6%. Na educação, revelou que a taxa de analfabetismo saiu de 44%, estando hoje nos 39.9% e que, em 2022, deverá atingir 31%.

Início da retoma económica

Segundo o Chefe de Estado, 2021 pode ter marcado o início da retoma económica, depois de, em 2020, o país ter tido um desempenho económico negativo, devido à pandemia da Covid-19. “Na consolidação da economia, registamos um crescimento no PIB de 1,7% contra o crescimento negativo de 2020 que foi de -1.8%. Estes dados sugerem o início da retoma económica e o controlo da inflação abaixo de 7%. Para 2022, podemos projectar um crescimento entre 2.6% e 5.3%, no pressuposto de assegurarmos a estabilidade conquistada no segundo semestre deste ano e, se assim for, podemos projectar um crescimento superior a 7% em 2023”, rematou.

O acesso ao emprego também deixa o Chefe de Estado animado. Defende que, até Setembro último, a Secretaria de Estado da Juventude e Emprego tinha criado 230 mil novos postos de trabalho, contra os 30 mil empregos perdidos. Já em 2020 tinha criado 253 mil novos empregos, enquanto outros 90 mil eram dados como perdidos. Porém, em 2022, pretende criar mais 272 mil postos de trabalho.

“O meu governo, juntamente com os moçambicanos, tudo fará para reverter o cenário de destruição do tecido económico. Os dados apresentados atestam a tendência de crescimento da nossa economia. Continuaremos empenhados na manutenção da segurança e da nossa soberania, na consolidação da paz e reconciliação nacional, promoção da unidade nacional e o desenvolvimento sócio-económico do nosso país”, garantiu Nyusi.
Fonte: Cartamz
Ataques no Niassa são frutos da pressão das FDS em Cabo Delgado – Filipe Nyusi
Ataques no Niassa são frutos da pressão das FDS em Cabo Delgado – Filipe Nyusi

O combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado continua assunto da actualidade, sobretudo com os ataques terroristas recentemente reportados em alguns distritos da província do Niassa. Esta quinta-feira, no seu Informe sobre o Estado Geral da Nação, o Presidente da República defendeu que os ataques que se verificam naquele ponto do país são frutos da pressão exercida pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS) e pelas tropas do Ruanda e da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) na província de Cabo Delgado.


Segundo Filipe Jacinto Nyusi, os ataques noticiados na província mais extensa do país não surpreenderam o Governo, pois, as FDS já vinham monitorando o movimento dos insurgentes. “Já há muito que as FDS controlavam o movimento desses homens, como não só para essa direcção. Só para ver, no dia 7 de Dezembro, foram neutralizados dois homens que saíam de Cabo Delgado para Niassa. No dia seguinte, mais quatro na zona de Mecula, já com catanas, enxadas e etc.”, disse o Chefe de Estado, sem, no entanto, avançar as acções levadas a cabo pelas tropas moçambicanas para evitar o terror naquela província.

“Começa a haver ruído, quando na zona de Mecula, homens armados atacam viaturas da empresa SAFARI [que opera na Reserva Especial do Niassa]. Foram abordados e tentaram, já no dia 12, avançar com alguma envergadura e há uma intervenção. Alguns escapuliram para o país vizinho [Tanzânia] e realizaram um ataque lá. Portanto, isto tem de ser encarrado como resultado da pressão que as FDS estão a fazer”, disse Filipe Nyusi.

Entretanto, conforme “Carta” vem reportando, os ataques terroristas na província do Niassa iniciaram em finais de Novembro último, ou seja, dias antes de as FDS neutralizarem o primeiro grupo de insurgentes que se deslocava para aquela província, conforme avançou o Chefe de Estado.

Cerca de 200 terroristas foram abatidos este ano

Explicada a teoria “governamental” em torno dos ataques que se verificam na província do Niassa, Filipe Nyusi fez o balanço das operações levadas a cabo pelas tropas moçambicanas, em conjunto com as forças ruandesas e regionais. Disse que, em 2021, 245 terroristas suspeitos foram capturados, sendo que, após as necessárias diligências foram reintegrados nas suas comunidades, no distrito de Palma, havendo esforços no sentido de convencê-los a voltar para as suas famílias.

Nyusi garantiu ainda que cerca de 200 terroristas foram abatidos em combate, incluindo alguns dos principais líderes militares e ideológicos do grupo. Disse ainda ter sido reforçada a segurança nas zonas anteriormente críticas, nos distritos de Mocímboa da Praia, Palma, Muidumbe e Macomia.

Para o Chefe de Estado moçambicano, “o que estamos a enfrentar é banditismo puro, movido pela cobiça alheia contra uma nação que está prestes a dar um salto qualitativo e quantitativo”, por isso, pede a vigilância de todos.

Referir que os ataques terroristas já causaram a morte de cerca de 3.000 pessoas, sendo que mais de 800 mil se encontram deslocadas. 
Fonte: Cartamz
Após um ano mau, sector privado “esfrega as mãos” com a vinda da plataforma Coral Sul
Após um ano mau, sector privado “esfrega as mãos” com a vinda da plataforma Coral Sul

Em Briefing do Fim do Ano, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) deixou claro que 2021 é um ano para esquecer, pois, houve vários acontecimentos que lesaram consideravelmente os negócios das empresas privadas.


Entretanto, para o próximo ano, o sector privado esfrega as mãos com a vinda da plataforma Coral Sul que vai, em alto mar, na Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, extrair e liquefazer o gás natural.

“Esperamos que, como resultado do efeito do alívio das 25 medidas restritivas, associado à chegada da plataforma flutuante de produção de gás natural do projecto Coral Sul e o início da exploração do gás no país, se abra uma página promissora na industrialização do país e nas oportunidades de inserção das PME na cadeia de valor da indústria do Oil&Gas, que o desempenho empresarial possa recuperar progressivamente em 2022, acompanhando a trajectória de recuperação da economia de forma geral”, afirmou o Presidente da CTA, Agostinho Vuma.

Contudo, Vuma salientou que, mesmo perspectivando uma recuperação do desempenho empresarial no próximo ano, a CTA se resguarda numa postura mais cautelosa, devido à nova variante da Covid-19, sobre a qual prevalece a incerteza em relação ao seu impacto e aos sacrifícios que serão necessários para a sua contenção.

Sobre o balanço de 2021, o Presidente da CTA reportou que o Índice do Ambiente Macroeconómico, computado pela Confederação, revela que, ao longo de 2021, o ambiente macroeconómico apresentou uma ligeira deterioração, tendo passando de 49% para 47%, uma queda de 2 pontos percentuais.

“Contudo, queremos salientar que, ao longo do ano, este indicador apresentou grandes flutuações, destacando-se o II Trimestre, quando subiu em cerca de 5 pontos percentuais, devido à apreciação cambial que se verificou no mês de Abril, numa cifra de cerca de 24%”, sublinhou a fonte.

Sobre o desempenho empresarial, Vuma disse que as empresas privadas continuaram sendo afectadas de forma significativa pelas restrições impostas, no âmbito da prevenção e contenção à propagação da pandemia da Covid-19.

“Igualmente, a situação de insegurança na província de Cabo Delgado e a suspensão das actividades da Total Energies influenciaram sobremaneira o desempenho empresarial ao longo do ano, sendo que, de acordo com o levantamento feito pela CTA, cerca de 410 empresas foram afectadas, dentre as quais 38 tinham pagamentos pendentes, devido à declaração da Força Maior da Total. Diante deste cenário, estabelecemos um diálogo com a Total e o Governo com vista a encontrar soluções para a minimização destes impactos”, lembrou a fonte.

Segundo o Presidente da CTA, factores externos também influenciaram o ambiente de negócios nacional, como é o caso da crise global das cadeias de abastecimento, que induziu o aumento dos custos de transporte em mais de 300%, a subida dos preços de cereais e de combustíveis, cujos efeitos se revertem no aumento de custos operacionais das empresas e, mais recentemente, assistimos ao fenómeno do “apartheid de viagens”, conforme classificou o Secretário-Geral da ONU, com a interdição de viagens que os países do ocidente impuseram a países da Região Austral de África, incluindo Moçambique, devido à descoberta da variante Ómicron do novo coronavírus.

“Devido a este quadro, o Índice de Robustez Empresarial teve uma tendência volátil, com quedas e subidas ao longo do ano. Contudo, uma avaliação geral do Índice sugere que este se deteriorou até o Terceiro Trimestre, em cerca de 11 pontos percentuais, em 2021, face ao período homólogo de 2020, situando-se actualmente em 26%”, relatou Vuma.

Sobre o diálogo público-privado, no âmbito da implementação do Plano de Acção para a Melhoria do Ambiente de Negócio - PAMAN (2019-2021), o Presidente da CTA queixou-se de ter atingido 38,6%, isto é, um baixo nível de implementação das reformas previstas neste instrumento. 
Fonte: Cartamz
Igreja Testemunhas de Jeová esclarece que não tem “profeta-pedófilo” em Quelimane
Igreja Testemunhas de Jeová esclarece que não tem “profeta-pedófilo” em Quelimane

A Igreja Testemunhas de Jeová esclarece que o suposto profeta detido há dias pela Polícia da República de Moçambique, em Quelimane, província da Zambézia, por se ter unido maritalmente com uma menor de 12 anos de idade, não pertence aos quadros daquela congregação.


Em comunicado de imprensa enviado à “Carta”, a congregação explica que se guia “pelos padrões da Bíblia”, por isso, “repudiamos as uniões prematuras”. Sublinha ainda: “respeitamos e acatamos o preconizado na Lei, que declara que as uniões prematuras são crime”.

“A protecção de menores é um assunto de máxima preocupação e importância para todas as Testemunhas de Jeová. Por isso, as Testemunhas de Jeová têm publicado material baseado na Bíblia Sagrada, que visa ajudar os pais a cumprirem a sua responsabilidade de proteger e instruir os seus filhos”.
Fonte: Cartamz
Moçambique considerado com capacidades inadequadas de governação
Moçambique considerado com capacidades inadequadas de governação

Um relatório sobre terrorismo publicado esta quinta-feira (16.12) pelo Departamento de Estado dos EUA inclui Moçambique numa lista de "portos seguros para terroristas", definidos como áreas físicas "onde os terroristas são capazes de se organizar, planear, arrecadar fundos, comunicar, recrutar, treinar, transitar e operar com relativa segurança, devido à capacidade inadequada de governação, falta de vontade política ou ambos".


Segundo o documento, a violência causada pelo grupo terrorista ISIS-Moçambique resultou na morte de cerca de 1.500 pessoas e na deslocação de mais de 500.000 pessoas em 2020, em que se verificou também um aumento de 130% do número de ataques em comparação com 2019.

Os EUA sublinham que na província de Cabo Delgado, o grupo terrorista "assumiu o controlo de quantidades significativas de território" e "teve uma liberdade de movimento considerável (...) ameaçando valiosas instalações de gás natural", com múltiplos ataques em quase todas as semanas do ano passado.
Dificuldades do Governo
O relatório indica que "tanto o Governo moçambicano como os parceiros regionais tiveram dificuldades em responder eficazmente à ameaça" e, no final de 2020, o ISIS-Moçambique "estava efetivamente à rédea solta em grande parte de Cabo Delgado".

Entre os piores atentados em Moçambique em 2020, enumeram-se ataques de 24 de janeiro em Mbau (Mocímboa da Praia), em que morreram 22 pessoas, a ocupação da capital do distrito Quissanga em 25 de março, a decapitação de entre 50 a 70 civis em 08 de abril em Xitaxi, distrito de Muidumbe, a ocupação de Mocímboa da Praia entre 09 e 11 de agosto, ou ainda os ataques de 31 de outubro a 08 de novembro em aldeias do distrito de Muidumbe, onde terão sido decapitadas cerca de 50 pessoas.

Os Estados Unidos consideram que "Moçambique não tem uma estratégia de contraterrorismo para orientar as operações, e as agências carecem de treino, equipamento e capacidade, de uma forma geral, para detetar, impedir ou prevenir atos de terrorismo de forma proativa".

Falta ainda um plano de ação do Governo contra o extremismo violento, mas já existe o reconhecimento das autoridades moçambicanas da "necessidade de uma resposta holística à violência terrorista que inclua o envolvimento da comunidade, além da atividade de segurança".
"A segurança de fronteiras é um dos grandes desafios"
O Departamento de Estado dos EUA indica, porém, que o Governo moçambicano executou operações de segurança, procedeu à detenção de vários suspeitos de terrorismo e teve um "maior alcance com parceiros bilaterais para assistência", além de "alguns relatos" de ter contratado companhias militares privadas da África do Sul.

Segundo o relatório, os Estados Unidos "ajudaram por meio do fornecimento de atividades de treino" e reforço de capacidades, além de ajudar a delinear iniciativas "destinadas a aumentar a capacidade do governo moçambicano para abordar questões de direitos humanos".

A segurança de fronteiras é um dos grandes desafios de Moçambique, principalmente sendo a fronteira com a Tanzânia um dos pontos de passagem e recrutamento de terroristas.

O relatório acrescenta que 516 pessoas foram extraditadas da Tanzânia para Moçambique, por alegado envolvimento em ataques terroristas em Cabo Delgado, no âmbito de um memorando de entendimento.

Segundo o projeto "Armed Conflict Location & Event Data Project" (ACLED), citado pelo relatório, desde 2017 que se reportaram 697 eventos violentos em Cabo Delgado e 2.393 fatalidades associadas ao ISIS-Moçambique.

Desafios do contraterrorismo
O documento divulgado hoje pelos EUA concluiu que "a pandemia global de covid-19 complicou o cenário terrorista", pois as organizações terroristas "adaptaram as suas abordagens e apelos" e usaram a Internet para "continuar a radicalizar, incitar à violência e inspirar ataques".
Fonte: DW

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