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Covid-19: É proibido dançar em eventos públicos ou privados
Covid-19: É proibido dançar em eventos públicos ou privados

Apesar das limitações impostas pela Covid-19, os moçambicanos continuam a realizar festas, algumas com direito à música alta, danças e com lotação acima do recomendado. Há dias, a Inspectora-Geral da Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE), Rita Freitas, disse, num webinar realizado pela Confederação das Associações Económicas (CTA), que é proibido dançar em eventos públicos, assim como privados.


Em conversa com "Carta", a dirigente invocou o nº 3, do artigo 16, do último Decreto do Estado de Calamidade Pública, de 25 de Outubro de 2021, que determina o encerramento de discotecas. “Como medida de prevenção e combate d a Covid-19, está proibida a dança em todos os locais por conta dos aglomerados que se fazem nas pistas de dança, o que pode facilitar a propagação da doença”, explica a fonte.

Segundo a Inspectora-Geral da INAE, as discotecas foram encerradas pelo facto de a dança ser uma das actividades mais desenvolvidas naqueles espaços de lazer e diversão. Por isso, “não faria sentido que a mesma não fosse interdita nos eventos sociais públicos e privados, como é o caso dos casamentos, festas de aniversários, entre outros”.

“Muitas vezes, quando as pessoas estão a dançar, existem aquelas músicas em que outros preferem dançar colados ou ficam aglomerados para dançar, o que pode facilitar a propagação da Covid-19, razão pela qual a dança foi proibida. Não por mim, mas pelo Governo”, explicou.
Fonte: Cartamz
Quem será o novo líder do MDM?
Quem será o novo líder do MDM?
O evento vai decorrer durante três dias e decidir quem vai ser o próximo presidente Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Três candidatos concorrem à sucessão do cargo deixado pelo fundador do partido, Daviz Simango, que morreu em fevereiro deste ano.

Estão na corrida José Domingos, secretário-geral do partido; Lutero Simango, irmão do defunto líder e chefe da bancada parlamentar do MDM, e Silvério Ronguane, académico e deputado que concorreu à presidência do município da Matola pelo MDM nas eleições autárquicas de 2018.

Daviz Simango, antigo autarca da cidade da Beira e único presidente do MDM desde a sua criação, em 2009, morreu em 22 de fevereiro por complicações de saúde, durante um internamento na África do Sul.
A porta-voz do congresso, Maria Virgínia, disse que o lema do evento é "Inspirado nos ideais de Daviz Simango: MDMmais forte e mais coeso", em homenagem ao fundador da força política.

"É desejo de todos os membros do MDM que este terceiro congresso seja um momento de festa para todos", disse.

"Não gostaríamos em nenhum momento que este mesmo congresso significasse destruição do MDM", acrescentou Maria Virgínia.

Na Assembleia da República, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), o partido no poder, detém uma maioria qualificada de 184 dos 250 assentos. A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), a principal força de oposição, detém 60 e o MDM, seis.
Fonte: DW
Jean Boustani: “o povo moçambicano merece ouvir a minha verdade”
Jean Boustani: “o povo moçambicano merece ouvir a minha verdade”
A defesa de Jean Boustani acaba de se pronunciar em torno da revogação hoje da sua audição pelo Tribunal que julga as chamadas "dívidas ocultas”. Sua audição estava marcada para ter lugar amanhã. Mas o juiz Efigenio Baptista revogou essa audiência, alegando que Boustani é arguido no mesmo processo em curso sobre as "dívidas ocultas”.

Eis o comunicado de imprensa de Boustani, enviado para Carta, na íntegra, "ipsis verbis”:           
“Fui informado esta manhã pelo Procurador-Geral Libanês que o meu depoimento voluntário, previsto para amanhã (3 de Dezembro de 2021), não mais irá ocorrer, conforme previamente solicitado pelo Tribunal de Moçambique , não vai avançar.

Foi deplorável e inacreditável ouvir, hoje na televisão, o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, em Moçambique bloquear a minha audição no julgamento, embora pareça justificar esta nova posição sobre alegada ignorância de que sou arguido noutro processo em Moçambique.

Tratou-se de uma reversão de última hora à decisão anterior do Tribunal de Moçambique e às exigências oficiais comunicadas às autoridades libanesas. Este acontecimento ocorre quando se celebra o segundo aniversário da minha absolvição em Nova Iorque, na sequência de um julgamento, perante um júri e durante 7 semanas e que incluiu acusações baseadas na lei moçambicana. Acredito fortemente que o povo moçambicano merece ouvir a verdade de mim e de Sua Excelência o Presidente Nyusi, o homem no centro da história. Esta última manobra é mais uma prova de que as autoridades moçambicanas estão a manipular o seu sistema judicial para fins políticos”.
Fonte: Cartamz
Mecula vive momentos de pânico e população já dorme no mato
Mecula vive momentos de pânico e população já dorme no mato

Depois da província de Cabo Delgado, Niassa pode ser o próximo alvo dos grupos terroristas que, desde Outubro de 2017, espalham terror e luto em alguns distritos da província de Cabo Delgado.


Informações que chegam do distrito de Mecula, no nordeste da província do Niassa, indicam que a sede daquele distrito está agitada, devido à circulação de informações dando conta da existência de homens armados naquela região do país. Na última terça-feira, por exemplo, algumas pessoas tiveram de pernoitar nas matas por temer ataques terroristas.

De acordo com as fontes, uma mensagem circulou naquela sede distrital por volta das 16:00 horas, alegando que circulavam homens armados, numa região chamada Macananje, localizada a 20 km da vila-distrital de Mecula.

As fontes garantem que, até às 19:00 horas, a vila de Mecula já estava vazia, com as pessoas a procurar esconderijos, de modo a garantir a sua segurança. Entretanto, a informação ainda não foi confirmada pelas autoridades.

Refira-se que, em Mecula, encontra-se “estacionado” um efectivo das Forças de Defesa e Segurança (FDS), destacado para perseguir um grupo armado que atacou uma aldeia do Posto Administrativo de Gombe, no passado domingo. Os “malfeitores” saquearam fármacos no posto de saúde local e produtos alimentares no principal mercado da região.
Fonte: Cartamz
Filipe Nyusi: "Temos de matar a cobra pela cabeça, não pela cauda"
Filipe Nyusi: "Temos de matar a cobra pela cabeça, não pela cauda"

Desde 2017 que os habitantes da província de Nampula, no norte de Moçambique, considerada um centro de recrutamento de insurgentes, sentem a segurança ameaçada. O Governo suspeita que os distritos de Memba e Moma são estäo infiltrados por terroristas. 


Além de Nampula, o distrito de Mecula, que recentemente foi alvo de ataques terroristas, e Marrupa, na província do Niassa, associam-se à lista de localidades atingidas pela violência Gurue, Pebane (Zambézia) e Inhassoro, em Inhambane.

Criação de forças elite
O Governo moçambicano destacou companhias de forças especiais treinadas especificamente no combate ao terrorismo para os distritos em questão, de forma a evitar a sua ocupação e controlo pelos insurgentes.

O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael, explicou que “este efetivo resulta das decisões que o Presidente da República nos deixou", aquando da realização do 21º Conselho da Polícia da República de Moçambique, no qual "orientava a Polícia para formar comandantes dos pelotões que devem constituir a força matriz para operações, bem como das forças da Polícia capazes de garantir a proteção das forças distritais”.

Nyusi exige alerta máximo 
O Presidente de Moçambique e comandante em chefe das forças de defesa, Filipe Nyusi, reconheceu que ainda prevalece a insegurança em algumas regiões do país, e exigiu maior prontidão das forças de defesa e segurança no combate ao terrorismo, tráfico de drogas e outras práticas criminais nos distritos.
Fonte: DW
Cabo Delgado: "Pulverização" da insurgência pode originar sobremilitarização
Cabo Delgado: "Pulverização" da insurgência pode originar sobremilitarização

Um ataque armado ao posto administrativo de Gomba, distrito de Mecula, aconteceu no fim de semana, segundo relatos partilhados nas redes sociais e também por cidadãos da província nortenha do Niassa com a DW África, em anonimato.


"Ouvi que estes atacaram a aldeia de Naulala, e isso fez com que as populações se deslocassem até à vila sede de Mecula onde estão a receber ajuda do Governo, o que é extremamente importante. Mas o distrito continua agitado porque foi um momento de terror, porque estamos a falar de deslocamentos de pessoas de todas as idades, mulheres, jovens, idosos e crianças", disse um residente.

Um silêncio que vale mais do que mil palavras
Os atacantes terão incendiado uma viatura da Reserva do Niassa, o que terá levado inclusive a instituição a dispensar temporariamente os seus funcionários, por precaução.

A DW procurou confirmar o facto junto da Reserva do Niassa, mas o seu assessor de imprensa, Valdemar Casimiro, esquivou-se a comentar, passando a "batata quente" para outrem: "Assuntos de Defesa e Segurança são tratados ao nível do Ministério da Defesa", afirmou apenas.

No Ministério da Defesa, o coronel Omar Saranga disse que só fala o que a instituição manda falar e que o seu ministério vai aguardar por uma solicitação por e-mail da DW. A polícia também não se pronunciou sobre o assunto até agora.
Fonte: DW
Dívidas ocultas: Armando Guebuza é retirado do rol de declarantes
Dívidas ocultas: Armando Guebuza é retirado do rol de declarantes

O antigo Presidente de Moçambique Armando Guebuza já não será ouvido pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo como declarante, como estava previsto para o início de dezembro.


Alguns círculos políticos de Moçambique indicam que o ex-chefe de Estado devia ser constituído arguido neste processo pelo seu alegado papel na contratação das dívidas ocultas.

Entretanto, o juiz da causa, Efigênio Batista, lembrou a 30 de setembro que as contas de Guebuza e sua família foram rastreadas e não houve nenhum indício de recebimento de dinheiro do grupo Privinvest.

"Se tem alguém, tem que trazer e apresentar à Procuradoria-Geral da República a prova de que essas pessoas - o irmão do senhor Armando, a mãe e os familiares - receberam dinheiro do grupo Privinvest. Diga que 'está aqui a prova' e entregue-na na PGR", considerou o magistrado.

Suspeitas
Por isso mesmo que o politólogo Dércio Alfazema, do Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD), considera que a retirada de Guebuza da lista de declarantes pode levantar suspeitas.
"Dá algum espaço até de alguma interpretação, de uma possível influência, se não for devidamente explicada e fundamentada de forma clara e convincente sobre as razões que estão por detrás disso", explicou.

O analista considera fazer sentido que a figura de Guebuza gere muita expetativa como declarante no processo do escândalo das dívidas ocultas, que surgiu durante a sua governação.

"Quando não há esclarecimentos e é uma figura que havia muita expectativa e ela própria mostrou interesse em esclarecer as dúvidas e as questões em sede de julgamento, aí claramente que abre espaço para a especulação e inclusivamente até interpretações de associação e de motivações políticas", acrescentou.

Ponderações
À DW, o jurista Edson Chichango lembrou que o juiz Efigênio Batista está a julgar apenas aquilo que a PGR apresentou como acusação. "E a Procuradoria baseia-se em elementos, em provas. E os elementos que teve não indiciam as outras pessoas membros do comando conjunto como beneficiários desses dinheiros", afirmou.
Fonte: DW
Quénia rejeita decisão do Tribunal de Justiça
Quénia rejeita decisão do Tribunal de Justiça

"A emissão da decisão foi o culminar de um processo judicial imperfeito sobre o qual o Quénia teve reservas e do qual se retirou, não só devido ao seu enviesamento óbvio e evidente, mas também porque não é adequado para resolver a disputa em questão", explicou o secretário principal do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Macharia Kamau, à comunicação social em Nairobi, citado ontem pela Efe.


A disputa sobre a fronteira do Oceano Índico vem desde 2014, quando, após vários anos de negociações sem resultados, a Somália pediu ao TIJ que se declarasse competente para julgar o caso. O tribunal aprovou o pedido em Fevereiro de 2017 e rejeitou as objecções do Quénia.

Em Fevereiro de 2019, numa nova reviravolta nas relações tensas entre os dois países, o então embaixador da Somália no Quénia, Mohamoud Ahmed Nur, foi expulso após o Governo queniano ter acusado a Somália de leiloar, em Londres, reservas de petróleo localizadas na área em disputa.

Após ter cedido a três adiamentos pedidos pelo Quénia, o Supremo Tribunal da ONU, que se recusou a aceitar um quarto, começou as sessões em Março de 2021. O Quénia retirou-se do processo e não esteve presente nas sessões. A Somália classificou o gesto como "uma tentativa de boicote". Apesar da ausência do país, o julgamento prosseguiu porque ambas as nações já tinham apresentado as suas alegações por escrito. O Quénia afirma que a fronteira deve ser traçada numa linha paralela ao equador, tal como o foi a fronteira marítima anglo -italiana definida durante o período colonial.
“Presos políticos eram queimados vivos em um forno feito de pedra”
“Presos políticos eram queimados vivos em um forno feito de pedra”

O relato dramático vivido por esses nacionalistas anónimos, que não pouparam esforços para livrar Angola do jugo colonial, é contado pelo também ex-preso político Zé Carlos, mais conhecido por "Tchindessen". Hoje dedicado à agricultura, Zé Carlos escapou do fogo ardente daquele forno, porque a sorte bateu-lhe a porta. "Até hoje, custa-me acreditar que saí vivo da Cadeia de São Nicolau”, conta, com o rosto carregado de mágoas.



Zé Carlos lembra que, no dia em que os carrascos da cadeia foram buscar os colegas na cela, para serem queimados, ele foi deixado de parte. "Eu não fiquei porque eles não me queriam matar, mas porque Deus tornou-me invisível aos olhos deles”, acredita.
Os nacionalistas mais propensos a serem queimados, segundo conta, eram aqueles mais inteligentes e que, mesmo presos, não paravam de alimentar o sonho de um dia ver Angola independente. "Eles matavam, preferencialmente estes, porque não queriam na cadeia quem continuasse a encorajar os demais a acreditar numa Angola livre do colono”, ressaltou.


Nessa altura, lembra Zé Carlos, a Cadeia de São Nicolau era dirigida por um senhor cujo único nome de que tem memória é "Lima”. "Este senhor Lima não tinha alma. Não era uma pessoa como nós, com sentimentos”, recorda. Encontrámos Zé Carlos na sua lavra, no bairro Cambico, adjacente à Cadeia do Bentiaba, a cerca de 140 quilómetros da cidade de Moçâmedes. O encontro só foi possível com a ajuda de um funcionário da cadeia do Bentiaba, afecto ao centro de saúde, que nos guiou até ao homem. Antes, havíamos revirado a zona, habitada maioritariamente por ex-presos da Cadeia do Bentiaba, atrás de um sobrevivente de São Nicolau, mas sem sucesso.


Tudo apontava não haver nenhum deles a viver aí, até que um morador falou de Zé Carlos. Para alcançar a zona onde estava, foi necessário atravessar o rio Bentiaba. Essa parte da jornada foi fácil de cumprir, porque o rio estava seco. Segundo moradores da zona, o rio só enche quando chove. A falta de chuvas agudiza a situação da população local, que precisa permanentemente de água para dar de beber o gado e manter as culturas. Sentado à sombra de uma pequena árvore, ladeado da esposa e da sobrinha, o ancião, que já não se lembra da idade, muito menos de quando nasceu, recebe-nos com algum receio. No primeiro contacto, nega ter sido preso político. "Eu não fui preso político. Continuem a procurar. Deve ter alguém no bairro”, frisou.


Dada a insistência, Zé Carlos, que não fala fluentemente português, admitiu "ter passado pela cadeia de São Nicolau”, mas não como preso político. Apenas por ter batido na mulher. "Ela foi lá me queixar e fui preso”, realçou. O objectivo da reportagem era encontrar quem tivesse sido preso político na Cadeia de São Nicolau, antes da Independência, a fim de nos reportar como eram tratados pelos portugueses. Não tendo sido um preso nessa condição, agradecemos pela recepção e metemonos a andar, em busca de quem tivesse sido, realmente, preso nessas condições. Não tínhamos percorrido mais de 30 metros quando uma voz pediu para pararmos. Era o sobrinho de Zé Carlos, que acabava de chegar da lavra.

"Qual é o problema aqui?”, questionou. Após as explicações sobre a nossa presença, o sobrinho, contrariando as palavras do tio, revela que ele foi, sim, preso político, antes da Independência e que a história da prisão por bater na mulher não passava de invenção. Afirma que, em função dos traumas que ainda carrega da cadeia de São Nicolau, não aceita falar muito do assunto, sobretudo com pessoas estranhas. "Um irmão dele foi queimado no forno”, contou o sobrinho.



Salvo pela Independência


A revelação levou-nos novamente até Zé Carlos. Já com o sobrinho ao lado, o ex-preso político aceitou abrir-se e revelar outros detalhes registados na cadeia de São Nicolau, quando esteve lá. Contou que a sua ida àquela cadeia se deveu ao facto de se ter aliado a um grupo que se batia pela Independência do país. Zé Carlos contou que só ficou a saber que as pessoas retiradas das celas, na calada da noite, eram mortas quando saiu de lá, já depois da proclamação da Independência. "Não havia como saber onde as pessoas eram levadas e o que faziam com elas, porque os portugueses não falavam”, salientou.


Disse ter sido nessa altura que ficou a saber da existência do forno onde o seu irmão e outros colegas de cela foram queimados. O ex-preso político disse que um outro método usado na cadeia de São Nicolau, para matar os nacionalistas, era dar-lhes trabalhos forçados. Aquele que se mostrasse incapaz de cumprir a tarefa, recorda, era morto mesmo na presença de outros presos. O ex-preso político salientou que aquele era um dos métodos muito usado na cadeia para levar os presos a realizarem tarefas pesadas sem reclamar.

Embora tenha escapado uma vez da morte, sabia que a qualquer momento chegaria a sua vez. "Se a Independência levasse mais alguns meses a acontecer, eu não estaria aqui a falar com o senhor”, rematou. O ex-preso político referiu que a Independência Nacional apareceu como soltura. "Com a chegada da Independência, todos os presos políticos foram soltos”, lembra.



Cinzas dos cadáveres permanecem na cadeia



O escombro do forno, com sinais de cinza das pessoas aí queimadas, ainda permanece na cadeia do Bentiaba. O director interino do Estabelecimento Penitenciário do Bentiaba, superintendente prisional Ezequiel Calupeteca, que nos levou para conhecer o lugar onde o forno estava montado, ressaltou que muitos nacionalistas foram mortos aí para esvaziar as celas, sempre que estivessem sobrelotadas. O responsável não precisou o número de nacionalistas mortos naquele forno, mas disse não terem sido poucos. "Basta ver a quantidade de cinzas no escombro do forno, para se ter uma ideia”, aclarou.


Desejo de ouvir gritos de presos

A cadeia do Bentiaba já não dispõe de muitos documentos que relatam os acontecimentos ocorridos aí, antes da Independência, sobretudo o tratamento dado aos nacionalistas. Mas, dados fornecidos ao director interino da cadeia, por um ex-funcionário do então São Nicolau, revelaram cenas de arrepiar. Ezequiel Calupeteca conta que a mulher do director da então Cadeia de São Nicolau, o Lima, não aceitava almoçar sem antes ver um nacionalista a ser torturado. "Segundo a fonte por mim consultada, ela gostava de ouvir o grito sofrível dos nacionalistas. Só assim é que ela comia”, conta.


A cadeia do Bentiaba 


A Cadeia do Bentiaba encontra-se localizada na vila com o mesmo nome, pertencente ao município de Moçâmedes. Está situada numa área rodeada de montanhas e o próprio rio Bentiaba, o que lhe confere o formato de um oásis. É considerado o único estabelecimento prisional do país a céu aberto. Consta que a zona era apenas de produção agrícola, mas, dada a sua localização geográfica – própria para isolamento – o Governo colonial português transformou-o em cadeia para presos políticos. Além de estabelecimento prisional, é um verdadeiro campo de produção agrícola. No local são produzidos vários tipos de produtos agrícolas que abastecem a cidade de Moçâmedes e não só.


No perímetro da cadeia há um cemitério onde estão enterrados centenas de nacionalistas que perderam a vida enquanto presos. À semelhança do cemitério, há outra estrutura que também guarda, fielmente, a passagem dos portugueses por aí. Trata-se de um Forte, com duas celas construídas de pedras e sem janela, com capacidade para apenas um preso, cada. Mas, de acordo com o director interino da cadeia, foram colocados nestes lugares mais de dez. "A falta de oxigénio levava muitos presos à morte”, conta o director.


Apesar de continuar a ser um lugar de privação de liberdade, Ezequiel Calupeteca disse que os presos de hoje não vivem o drama vivido pelos nacionalistas que aí se encontravam. O director disse não ter ideia da capacidade de internamento da cadeia, na era colonial, tendo assegurado apenas a capacidade actual que é de 1.300 reclusos. Hoje estão internados 997 reclusos.
Israel pede resistência à “chantagem” do Irão
Israel pede resistência à “chantagem” do Irão

Num vídeo divulgado junto dos países envolvidos nas conversações na capital austríaca, Naftali Bennett avisou que Teerão pretende "cessar as sanções em troca de quase nada”, acusando o regime iraniano de manter o seu Programa Nuclear intacto, ao mesmo tempo que recebe milhares de milhões de dólares de compensação.


segunda-feira, arrancou em Viena uma nova ronda de negociações para tentar salvar o pacto internacional assinado em 2015, que foi posto em causa depois de os Estados Unidos (durante a administração do Presidente Donald Trump) terem decidido retirar-se dele unilateralmente, em Maio de 2018, e restabelecer sanções económicas ao Irão, que os restantes signatários não conseguiram contrariar.

Firmado em 2015 em Viena (Áustria) entre Teerão, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China) e a Alemanha, o acordo internacional visava limitar e ter uma maior vigilância do Programa Nuclear Iraniano , através de um controlo rigoroso por parte da ONU, em troca do levantamento das sanções internacionais.
Filipe Nyusi inaugura aeroporto com o seu próprio nome
Filipe Nyusi inaugura aeroporto com o seu próprio nome

Localizado no distrito Chongone, o aeroporto "Filipe Jacinto Nyusi" foi financiado por fundos chineses e tem capacidade para receber perto de 220 mil passageiros por ano.


Nas redes sociais, o Presidente de Moçambique está a ser criticado por permitir que a infrastutura que inaugurou esta segunda-feira (29.11) tenha o seu próprio nome. Os moçambicanos entendem que se trata de um descaramento do seu lado, falta de humildade, entre outras coisas. 

Argumentam que há moçambicanos com feitos que justificam merecer ter o nome em infrastruturas de grande dimensão. Este tipo de prática, entretanto, não começou com Filipe Nyusi, já Armando Guebuza assim o fez durante o seu mandato como Presidente de Moçambique.

Mais um elefante branco?
Também há moçambicanos que receiam que a infrastrutura venha a ser mais um elefante branco, à semelhança do aeroporto de Nacala. A infrastrutura até já foi usada para acolher eventos sem relação com o setor da aviação, como forma de tirar proveito do espaço.

Mas o ministro dos Transportes e Comunicações, Janfar Abdulai, garantiu a viabilidade da obra: "As potencialidades da província não deixam qualquer dúvida de que este aeroporto é viável", disse o governante, que o apresentou ainda como uma eventual alternativa ao aeroporto internacional de Maputo para algumas aeronaves. 
Fonte: DW
Banco de Moçambique multa BCI por violar regras contra branqueamento de capitais
Banco de Moçambique multa BCI por violar regras contra branqueamento de capitais

O Banco de Moçambique multou sete instituições de crédito, entre as quais o BCI, um dos maiores bancos do país e controlado por marcas portuguesas (Caixa e BPI), punido por violar deveres de prevenção de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.

As sanções foram aplicadas entre fevereiro de 2020 e junho de 2021, anunciou o regulador em comunicado. O Banco Comercial e de Investimentos (BCI) foi multado em 53 milhões de meticais (cerca de 720 mil euros) por violação de quatro deveres.
Em causa, o "dever de identificação e verificação de clientes, bem como da vigilância contínua das relações de negócio", o "controlo especial das transações", a par "do dever de conservação de documentos" e de "comunicação de transações suspeitas", lê-se no comunicado do banco central.
Outras instituições
Os factos dizem respeito ao período de 2013 a 2018. Foram ainda alvo de sanções as instituições de crédito African Banking Corporation (BancABC), Standard Bank Moçambique, First Capital Bank, Socremo, Bayport Financial Services Moçambique e a Cooperativa de Crédito das Mulheres de Pemba.

O BancABC foi sancionado por sete infrações com uma multa de 64,4 milhões de meticais (890 mil euros), a única maior que a aplicada ao BCI.  As quatro primeiras violaram artigos da lei sobre a prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, enquanto as duas últimas entidades desrespeitaram a lei das instituições de crédito e sociedades financeiras.

Segundo o banco central, no mesmo período foram também aplicadas sanções a quatro sociedades financeiras a operar no país (Mundo de Câmbios, Carteira Móvel, Casa de Câmbios de Xai-Xai e M-Mola) e nove operadores ilegais, no caso, empresas singulares. Nestes casos, dizem respeito a infrações das leis dos respetivos setores de atividade.
Fonte: DW

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