Regra nr1: REGISTE NOVA CONTA AGORA E RECEBI BÔNUS DE BOAS VINDAS DE 500% NO PRIMEIRO DEPÓSITO
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Iniciaram esta quinta-feira (03.03) as alegações finais do julgamento do caso das dívidas ocultas que lesaram Moçambique em mais de 2,2 mil milhões de dólares.
O Ministério Público (MP) esclareceu que não chamou o partido no poder, a FRELIMO, e o candidato às eleições de 2014, na altura Filipe Nyusi, que terão recebido dinheiro das dívidas ocultas, que estariam protegidos por uma limitação da legislação moçambicana. Muitas vozes, durante o julgamento, pressionaram o tribunal a chamar a FRELIMO, que recebeu 10 milhões de dólares da Privinvest e Filipe Nyusi, que recebeu um milhão de dólares.
Mas a procuradora Ana Sheila Marrengula explicou que "Moçambique não dispõe de legislação apropriada que regule o funcionamento público e privado aos partidos políticos bem com o as organizações sociais e religiosas e até mesmo de candidatos a cargos políticos.”
"Não há espaço para interferência política"
Muitas outras vozes críticas, sobretudo da sociedade civil, indicaram que o julgamento das dívidas ocultas tinha cunho político, facto que a procuradora Ana Sheila negou.
"Não há espaço para interferência política ou de outra natureza na atuação do Ministério Público. Aliás, por amor próprio jamais admiitirá qualquer tentativa de influência ou intromissão à margem da lei e quem ousar fazer merecerá o devido tratamento nos termos da lei", ameaçou.
A procuradora criticou a Ordem dos Advogados de Moçambique (AOM), a quem acusa de não ter feito uma acusação particular, durante a fase de instrução preparatória, mesmo depois da notificação para o efeito.
"Esperávamos que, pelo menos, na fase de julgamento a ordem exercesse a função de auxiliar o Ministério Público. Porém, contra todas as nossas expetativas, enquanto tentávamos içar a bandeira de combate à criminalidade organizada e aos criminosos, aquele que devia estar do nosso lado, antes pelo contrário, estava empoleirado na bandeira com tanto peso que quase a rasgava”, disse.
As justificações do juiz
Antes do arranque das alegações, os advogados expulsos do julgamento recorreram ao Tribunal Superior de Recurso pedindo a suspensão do juiz da causa, Efigénio Batista, mas este explicou que não foi notificado.
"Se eu tivesse sido notificado deste documento o argumento seria esse, é que é delator. Como ainda não fui notificado, talvez porque é um ato que tinha que ser notificado como juiz e nessa qualidade tinha que ser notificado no tribunal. E como não fui ao tribunal, porque já disse o motivo, estava doente, e isso prova-se com documentos hospitalares que tenho tantos que bastem”, esclarece.
O juiz Efigénio Batista esclareceu que mesmo se fosse notificado, o fato não suspenderia o andamento do processo com argumentos de leis constantes do código de processo penal.
"Salvo o devido respeito pela opinião contrária, o tribunal entende que neste caso não se deve recorrer as normas do código de processo civil porque existem normas próprias”, argumenta.
As alegações finais do processo que lesou o Estado moçambicano em mais de 2,2 mil milhões de dólares prosseguem nesta sexta-feira (04.03).
Fonte: DW
O Comité Permanente Conjunto para a Defesa (JSCD, na sigla em inglês) do Parlamento sul-africano debate esta quinta-feira (03.03), a pedido da oposição, o envio de um contingente militar especial de cerca de 1.000 homens para a província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.
Em declarações à Lusa, o ministro 'sombra' para a Defesa, Kobus Marais, do Aliança Democrática (DA), maior partido da oposição na África do Sul, e que integra o grupo parlamentar para a Defesa, na Cidade do Cabo, adiantou que o encontro está agendado para o final da tarde.
Marais sublinhou que a questão foi levantada pela oposição sul-africana na semana passada, salientando que o Parlamento não foi informado, até à data, pelo Governo e as Forças Armadas sobre o reforço militar sul-africano na região no norte de Moçambique.
"Neste momento, tudo o que sei de fontes credíveis fora da Força de Defesa, é que o destacamento militar já se concretizou", afirmou o deputado sul-africano.
"Eles não o confirmaram, e como foram confrontados por mim, será por isso que é um dos pontos da agenda da reunião, é o que posso adiantar, mas que não foi confirmado pela Força de Defesa", termina.
"Esperamos que a carta oficial de autorização para o destacamento do Presidente da República seja considerada e sejamos informados pelo Chefe de Operações Conjuntas", disse Kobus Marais, frisando que por lei, o Parlamento devia ter sido informado há cerca de duas ou três semanas.
Integração dos militares
De acordo com a mesma fonte, o destacamento militar faz parte da operação Vikela da Força de Defesa Nacional da África do Sul, em Cabo Delgado, no âmbito da participação sul-africana na missão militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em Moçambique.
Em julho do ano passado, a África do Sul comprometeu-se em enviar 1.495 militares para assistir Moçambique no combate a insurgência em Cabo Delegado.
Todavia, segundo Kobus Marais, apenas cerca de 350 efetivos, na sua maioria forças especiais, foram destacados para o país vizinho.
O deputado sul-africano avançou que o novo contingente deverá integrar três companhias de infantaria da 2ª SAI, uma companhia do 1º Batalhão de Paraquedistas, um grupo especializado do 44º pelotão de paraquedistas, dois grupos de comandos do 4º Regimento de Forças Especiais, uma fragata e vários elementos de logística e apoio médico.
"Alguns militares podem já estar em Cabo Delgado e alguns podem estar prestes a serem destacados", sublinhou o deputado da oposição sul-africana.
Marais diz ainda que espera que as suas forças sejam totalmente dotadas de recursos financeiros da SADC para que não morram.
Kobus Marais estimou em cerca de 1.000 milhões de rands (57,8 milhões de euros) o custo para os cofres do Estado sul-africano com o destacamento por três meses das forças militares sul-africanas em Moçambique.
Fonte: DW
A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) acusa as Forças de Defesa e Segurança (FDS) de fomentar falsas informações sobre o ressurgimento da Junta Militar, grupo dissidente do maior partido da oposição, para beneficiar politicamente a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, no poder), nas próximas eleições autárquicas de 2023 e eleições gerais de 2024.
O anúncio do reagrupamento foi feito na semana passada por um quadro do Exército moçambicano. "Este anúncio visa recriar o cenário de violência política e militar contra os membros da RENAMO sob a alegação de que colaboram com a Junta Militar", reagiu esta quarta-feira (02.03) a delegada política da RENAMO na província de Sofala, Maria Celeste.
"Este anúncio pretende impedir as atividades políticas dos membros da RENAMO com perseguições, prisões, torturas, sequestros, raptos e assassinatos, o que contraria o espírito de paz e reconciliação", acrescentou Maria Celeste.
Atestado de incompetência ou estratégia política?
O analista político Wilker Dias questiona o posicionamento das autoridades governamentais sobre o alegado reagrupamento da Junta Militar. "Uma coisa também meio estranha, porque movimentos do género para um reagrupamento de um grupo para desestabilizar não pode ser assistido por parte do Executivo sem que haja uma ação efetiva", comenta.
Para o analista, o Governo também não pode "permitir que grupos armados se reagrupem para desestabilizar o próprio país, isto pode até servir de um atestado de incompetência para os serviços de inteligência, os serviços militares e policiais existentes no país. Isso leva-me a crer que, se não houve esta incompetência, pode também servir de uma espécie de estratégia política".
Neste contexto, Wilker Dias antevê mudanças no cenário político: "Isto pode mexer no xadrez político moçambicano, qualquer e outra tentativa também pode ser usada a favor de quem as perpetra."
Por outro lado, argumenta ainda, "neste caso concreto, uma das desvantagens que a própria RENAMO carrega é o facto de termos descendentes deste partido com um braço armado. Existindo ou não esta possibilidade de reagrupamento, qualquer uma e outra notícia pode acabar mexendo com este conjunto político."
"FADM ficaram sem pretexto de guerra"
A líder da RENAMO em Sofala suspeita ainda das intenções das FDS por detrás da narrativa do ressurgimento da Junta Militar. "Com a morte de Mariano Nhongo e a integração de maior parte do efectivo residual no DDR [processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração], certos círculos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) ficaram sem pretexto de guerra", sublinha Maria Celeste.
E como já não recebeem "os recursos que recebiam devido aos ataques da junta", acrescenta a delegada da RENAMO, "então, pretendem reativar o círculo de corrupção, de soldados fantasmas, combustível para viaturas alimentação para soldados etc."
A Junta Militar da RENAMO é um grupo dissidente da guerrilha da RENAMO, criado em 2019, que contesta a liderança do partido e desvaloriza os acordos assinados entre o Governo e a RENAMO, em 6 de agosto de 2019. O grupo perdeu o seu líder fundador em outubro de 2021.
Fonte: DW
Em comunicado, a Presidência da República informa que, "no uso das competências que lhe são conferidas", Filipe Nyusi exonerou Carlos Agostinho do Rosário do cargo de primeiro-ministro.
Não são adiantadas as razões para o afastamento.
Em despacho presidencial separado, o chefe de Estado moçambicano exonerou também Lídia de Fátima da Graça Cardoso do cargo de vice-ministra da saúde, refere o comunicado de imprensa consultado pela DW África.
Na quarta-feira (02.03), Nyusi já tinha afastado seis dos seus 18 ministros.
Adriano Afonso Maleiane foi exonerado do cargo de ministro da Economia e Finanças, enquanto Ernesto Max Tonela deixou o cargo de ministro dos Recursos Minerais e Energia.
Carlos Mesquita foi exonerado do cargo de ministro da Indústria e Comércio, e João Machatine deixou a liderança do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos.
Foram também exonerados Augusta Maita, ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, e Carlos Siliya, ministro dos Combatentes.
Fonte: DW
Hoje, o Escritório de Controle de Activos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA (OFAC) designou quatro facilitadores financeiros do Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS) e ISIS-Moçambique (ISIS-M), baseados na África do Sul.
Os membros e associados do ISIS na África do Sul estão desempenhando um papel cada vez mais central na facilitação da transferência de fundos do topo da hierarquia do ISIS para filiais em toda a África, escreve hoje o Africa Regional Media Hub, uma publicação do Departamento do Estado americano.
Os membros do ISIS, baseados na África do Sul designados hoje de acordo com a Ordem Executiva (E.O.) 13224, conforme alterada, forneceram suporte para as transferências acima mencionadas ou serviram como líderes de células do ISIS na África do Sul.
“O Tesouro está tomando esta acção para interromper e expor os principais apoiantes do ISIS que eitar o financiamento de filiais e redes do ISIS em toda a África”, disse o subsecretário do Tesouro Brian E. Nelson.
De acordo com a nota, o ISIS recentemente tentou expandir sua influência na África por meio de operações em larga escala em áreas onde o controle do governo é limitado. As filiais do ISIS na África dependem de esquemas locais de angariação de fundos, como roubo, extorsão de populações locais e sequestro por resgate, bem como apoio financeiro da hierarquia do ISIS.
Enm 2017 e 2018, Farhad Hoomer ajudou a organizar e iniciar as operações de uma célula do ISIS em Durban, África do Sul. Hoomer, que é o líder da célula ISIS baseada em Durban, forneceu algumas de suas propriedades residenciais conhecidas e veículos registrados em seu nome para patrocinar as reuniões e actividades operacionais da célula.
Em suas declarações, diz a nota, Hoomer afirmou ter recrutado e treinado membros de células e estava em contato com membros do ISIS-República Democrática do Congo (ISIS-RDC) e apoiadores do ISIS em toda a África do Sul. Hoomer levantou fundos por meio de operações de sequestro por resgate e extorsão de grandes empresas, que forneceram mais de um milhão de rands sul-africanos em receita para seu celular. Em 2018, as autoridades sul-africanas prenderam Hoomer junto com seus associados por envolvimento num plano para implantar dispositivos incendiários improvisados perto de uma mesquita e edifícios comerciais e de varejo.
Siraaj Miller, que lidera um grupo de apoiadores do ISIS na Cidade do Cabo, forneceu assistência financeira ao ISIS treinando membros para realizar roubos para arrecadar fundos para o ISIS. Em 2018, Miller também ajudou na aquisição de casas seguras temporárias para o ISIS.
Abdella Hussein Abadigga recrutou jovens na África do Sul e os enviou para um campo de treinamento de armas. Abadigga, que controlava duas mesquitas na África do Sul, usou sua posição para extorquir dinheiro dos membros das mesquitas. Abadigga enviou esses fundos por meio de um “hawala” para apoiantes do IS outras partes de África. Bilal al-Sudani, um líder do ISIS designado pelos EUA na Somália, considerou Abadigga um apoiador confiável que poderia ajudar os apoiantes do ISIS na África do Sul a se organizarem melhor e recrutarem novos membros.
Peter Charles Mbaga facilitou as transferências de fundos da África do Sul. Mbaga procurou fornecer apoio ao ISIS-M ajudando o grupo a adquirir equipamentos da África do Sul. Mbaga também procurou adquirir armas a partir de Moçambique.
Farhad Hoomer, Siraaj Miller e Abdella Hussein Abadigga por terem ajudado materialmente, patrocinado ou fornecido suporte financeiro, material ou tecnológico para, ou bens ou serviços para ou em apoio ao ISIS.
Peter Charles Mbaga está sendo designado conforme alterado, por ter ajudado materialmente, patrocinado ou fornecido suporte financeiro, material ou tecnológico para, ou bens ou serviços para ou em apoio ao ISIS-M.
Fonte: Cartamz
O portal 'De Telegraaf' revelou que Joan Laporta, presidente do Barcelona, se reuniu em Mônaco com Mino Raiola, representante de Erling Haaland. O presidente do Barça quer garantir os serviços do norueguês e que ele vista a camisa 'culé' na próxima temporada, mas o jogador é um dos mais requisitados do mercado e a competição será de alto nível.
Isso porque o mesmo roteiro que os catalães seguiram foi seguido pelo Manchester City, como avançou o jornalista Fabrizio Romano. Uma delegação dos 'citizens' se deslocou ao Principado para falar com o mediador e aproximar posições para que o atacante decida partir rumo a Inglaterra e não para Espanha.
Txiki Begiristain, emissário dos 'sky blues' esteve com Raiola e deu a conhecer o grande interesse que existe por parte do Etihad em contratar o seu jogador. Ele também deixou claro que eles estão dispostos a investir uma grande quantia de dinheiro, certamente maior do que a maioria dos clubes europeus pode oferecer devido ao seu potencial financeiro.
Fabrizio acrescentou ainda que o Real Madrid não foi a Mónaco para esta rodada de conversas com o italiano, mas isso não significa que os merengues não continuem sonhando com Haaland e que possam vê-lo vestido de branco com Mbappé na temporada 2022-23.
Outra equipe a ter em conta é o Bayern de Munique, mas o jornalista citado esclareceu que os alemães fizeram contato com Raiola por Ryan Gravenberch, uma das pérolas do Ajax que podia fazer as malas, deixar a Holanda e voar em direção a Bundesliga.
Enquanto seu futuro está sendo decidido, Erling Haaland ainda está fora e não joga desde 22 de janeiro, contra o Hoffenheim, devido a uma lesão muscular que deve permitir que ele volte ao campo em breve e ajude o Borussia Dortmund no restante da temporada.
"Deve-se considerar que todos os dados do servidor foram comprometidos" e "aconselha-se a reinstalação da máquina [a partir] do zero, utilizando sistemas operativos e versões de software mais recentes e atualizadas", lê-se no documento do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento (CERT) de incidentes informáticos de Moçambique.
O CERT em Moçambique, tal como grupos semelhantes noutros países, junta voluntariamente profissionais do setor e o estudo é assinado por André Tenreiro, técnico de segurança informática.
"Tudo indica que o ataque foi [dirigido] a uma infraestrutura de alojamento partilhado (shared hosting)" onde estavam alojados diferentes 'sites' institucionais do domínio gov.mz e que foram todos descaraterizados (um designado 'mass web defacement' na gíria técnica em inglês), refere, com base em dados públicos.
Ou seja, as páginas foram substituídas por outras, no caso, de um grupo que se apresentou como Yemeni Cyber Army (Y.C.A) e que anunciou o ataque no seu canal na plataforma de mensagens Telegram no dia 20 as 22:11 de Maputo (20:11 em Lisboa), detalha o estudo.
"Não há nenhuma certeza de que este grupo seja o mesmo que reivindicou alguns ataques ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arabia Saudita em 2015 e divulgou os seus dados", acrescenta.
Pagamento de extorsões 'não'
A análise feita com ferramentas ao dispor na Internet mostra que este ataque foi o mais recente de outros de que os sites moçambicanos já tinham sido alvo "nos últimos meses" e que a estrutura onde estão alojados tem muitas vulnerabilidades por corrigir, algumas críticas.
No mesmo canal Telegram, o grupo publicou os dados em bruto da estrutura de bases de dados alegadamente copiadas dos portais moçambicanos e André Tenreiro nota que uma delas indica conter utilizadores, com respetivos emails e senhas de acesso ao sistema de conteúdos atacados - mas os dados carecem de validação.
Num das mensagens afixadas, os 'hackers' publicaram um endereço Bitcoin (moeda eletrónica) exigindo um resgate para reporem os 'sites', mas "não foi possível detetar nenhuma transação" a partir do mesmo, nota o estudo.
"É de salientar, que pedidos de extorsão por Bitcoin começam a ser pouco comuns devido à falta de privacidade por detrás do sistema. Em vez disso, a cripto moeda Monero tem sido mais utilizado por criminosos sofisticados", acrescenta.
Nas conclusões, o CERT "não recomenda o pagamento de extorsões", porque "não há nenhuma garantia que os invasores cumpram a palavra".
Criar autenticação de dois fatores (ou seja, com um código adicional enviado por via segura, além da senha de acesso), renovar 'passwords' sem repetições e com padrões de dificuldade, compartimentar dados e selar com senhas o acesso a aplicações administrativas da própria máquina, são outras das sugestões.
Fonte: DW
Um dos grandes problemas deste nosso grandioso país é sempre sermos reactivos, às vezes até mentirosos. Mentirinhas que, às vezes, se confundem com realidade fazem com que, em Moçambique, o famoso “duas mentiras não fazem uma verdade” é chumbado. Por outro lado, muitas vezes é-nos incutida uma mentira, ou duas, que se tornam uma verdade, como na questão da nossa segurança.
Quando arrancou a invasão do nosso país por grupos terroristas, a primeira mentira foi a de que eram marginais e garimpeiros. Um pouco depois foram chamados de insurgentes e, finalmente, terroristas.
Importa frisar aqui que, mesmo nessas denominações que elenquei, ainda há estratificações que foram ditas de boca cheia, vindas dos palhaços de sempre nas estações televisivas e até de governantes.
Aqui me interessam duas terminologias: Insurgentes e Terroristas.
Insurgentes
Segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a expressão “Insurgente” vem do “latim insurgens, - entis, particípio presente de insurjo, levantar-se, erguer-se, atacar, ameaçar, insurgir-se”, portanto aquele que é amotinado, rebelde, revoltoso, insurreto, segundo o mesmo dicionário.
Se olharmos um pouco mais ao fundo, esta definição da palavra está a ir ao encontro da definição de Kocher, Pepinsky e Kalyvas (2011), que concluem que e cito, “o objectivo central de uma insurgência é o de manter um controlo sobre a população civil”.
Por sua vez, Walter (2015) chama a insurgência de “uso de meios políticos e militares por forças irregulares para mudar uma ordem política existente. Essas forças normalmente se misturam com civis para se esconderem das forças que defendem a ordem política”.
A convergência nas três definições cinge-se grandemente e, claramente, numa hipotética implosão.
Daqui decorrem algumas questões:
1- É insurgência popular e civil?
2- É insurgência militar?
3- É insurgência partidária?
A resposta para cada uma destas perguntas ou, para a pergunta que for mais pertinente e se adapte à definição da hipotética insurgência, é dúbia, pois, logo de início, houve uma hipótese negada, porque primeiramente estes foram chancelados como apenas “criminosos”!
É que criminosos não se enquadram na definição de “insurgentes”!
Terroristas
Por uma questão de consistência, visitaremos mais uma vez o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa que nos elucida que “Terrorista” é “... Pessoa partidária do terrorismo” e aqui, porque o terrorismo é na verdade a peça fundamental, vamos pedir emprestado a definição do termo Terrorismo como postulado por Walzer (2006), que diz que “O terrorismo é o assassinato deliberado de pessoas inocentes, aleatoriamente, para espalhar o medo por toda uma população e forçar a mão dos seus líderes políticos”.
Sem sombra de dúvidas, se olharmos para aquela fatídica noite de Outubro de 2017, em Mocímboa da Praia, não precisamos de estudos de guerra para simplesmente chegar à conclusão de que desde o minuto um Moçambique estava sob ataque de terroristas.
Insurgência seria de membros do partido, forças de defesa e segurança e até o que os trabalhadores da açucareira de Xinavane fizeram, e não exactamente o que foi despoletado em Cabo Delgado.
Em suma, quem chamou aquilo de insurgência mentiu.
Agora temos um país com forças estrangeiras, estamos a mendigar nos mesmos parceiros que outrora dissemos que não precisávamos de apoios porque “Moçambique poderia rechaçar a insurgência com meios próprios”.
Estas mentirinhas não são ao acaso. Afinal, a guerra é um negócio altamente rentável. Existe logística de armamento, alimentação, equipamento, combustíveis, uniforme e uma panóplia de outros produtos e serviços que alimentam uma guerra e, os homens e mulheres por trás delas. A prosperidade das elites governamentais de um país em guerra só se compara à de um país com uma economia colapsada. Levemos Angola e Zimbabwe como exemplos.
Se de um lado tínhamos uma falta de preparação das nossas Forças de Defesa e Segurança, do outro lado tínhamos estranhamente um inimigo usando a estratégia militar “SHOCK and AWE”, que consiste em simplesmente usar uma força estonteante de modo a paralisar o oponente.
Estranhamente, algo que deveria ser esperado do lado das forças governamentais, por várias razões tão claras que não interessa elencar. Aqui talvez uma guerra longa faça sentido, de contrário não teríamos Dyck Advisory Group ou mesmo Wagner Group em solo pátrio!
O Frontier Services Group do Erik Prince só falhou porque uma outra mentirinha colapsou, algo a ser tratado um pouco mais adiante. O inimigo notou que o governo estava com Dhlakama no dente e, aos poucos, foi expandindo o seu raio de acção e, no fim, a Total desligou a ficha por falta de segurança, mas, Dhlakama morreu de morte natural!
Segurança
Se recuarmos um pouco no tempo podemos olhar para uma outra mentira, ou devo dizer três mentiras: EMATUM, Proindicus e MAM. Algo que está na mesa de todos os Moçambicanos neste momento e a ser servido a quente. Eu não acredito que exista um único moçambicano que não queira um Moçambique seguro e próspero, então retiremos as teorias estapafúrdias de conspiração.
Este Moçambique é nosso e, se aquelas empresas tivessem sido formadas para a prosperidade de uma nação, não teríamos pessoas a serem julgadas neste momento. Para mim, quem vai ser ilibado ou condenado não é necessariamente um problema. Tenho dito que nenhuma destas acções aumenta ou diminui minhas moedas no banco, mas, como moçambicano sinto-me extremamente traído por quem quer que tenha engendrado aquele engodo!!
1- EMATUM: Barcos não propícios para a pesca de atum, congelamento não chegando a -60 graus centígrados (como exigido pelo maior consumidor mundial do atum) e nem sequer uma fábrica de conservas!
2- Proindicus – Interceptores que funcionam à gasolina e que não podem chegar a 50 milhas, portanto, não poderiam ir a uma plataforma offshore e regressar!
3- MAM – Com três barcos afundados na boca da esperada doca seca (Maputo Shipyards), muito antes de se pensar em atracar navios para reparações e afins, deviam-se retirar os barcos afundados e, em contrapartida, os trabalhadores apenas tinham salários em dia por mero acaso de um contrato de serviços de metalo-mecânica na actual embaixada dos Estados Unidos da América em Maputo!
Quando se pergunta nos corredores, ninguém parece saber de quem foi a ordem para se criar uma estrutura que envolvesse estas empresas. Um pouco mais a fundo, parece que do lado moçambicano e do lado estrangeiro, o grande projecto do SIMP foi desenhado por operativos adstritos à segurança de soberania; na verdade, a segurança foi fintada ao ponto de deixar voar a própria soberania e, no final, temos mais uma vez uma grande mentira.
Segurança Cibernética
Uma das grandes falácias do nosso aparelho securitário é pensar que a segurança passa por Makarov. Num artigo meu publicado num dos jornais da praça em 2010, chamo a atenção a quem de direito sobre que tipo de aparelhos celulares os nossos órgãos de soberania deveriam usar e termino rebatendo sobre intercepção de telefonia móvel.
Com o passar do tempo, o forte das informações de diversas instituições, sejam do Estado, privadas e mesmo das ONGs passa pela internet, independentemente do canal. Sou portador de muitos cartões de visita de ministros e não só, em governos diferentes, mas os seus emails são maioritariamente YAHOO, HOTMAIL, GMAIL e por aí fora.
Enquanto a importância da informação destas figuras não pode ser tomada ao de leve, também fomos vendo que, nos últimos tempos, foram criadas diversas instituições que, ao olhar de um cauto, principalmente na área de comunicações, poderia pensar que o fluxo de informação sensível é roteado em canais seguros, onde há uma encriptação militar a todos os níveis.
O que vimos foi a criação de entidades como INTIC, INAGE e IN qualquer coisa, ao longo do tempo, cujo objectivo foi, na verdade, o de acomodar pessoas que criar um ímpeto na área de segurança cibernética dos órgãos do Estado!
(Saudades do Professor Doutor Manhiça, um musicólogo de formação, mas que tinha o avanço tecnológico no coração!)
Computadores oferecidos partem dos distritos, passam pelos ministérios e terminam na Presidência da República. Quem testa estes donativos para ver se têm “backdoors” para o doador? Dizem que ao cavalo oferecido não se contam os dentes, mas, convenhamos!
O exemplo crasso foram os servidores da União Africana, na Etiópia, que foram oferecidos por um país irmão da África, só que, os servidores na calada da noite tinham vida própria e mandavam informação ao país de origem!
Enquanto se espera que um país como o nosso tenha uma espinha dorsal naquilo que se chama Rede Nacional de Segurança, o que temos vindo a ver são câmaras mal instaladas na cidade de Maputo, sem nenhuma função, pois os raptos, estes, desde 2012 que se pensava que era “um acerto de conta entre comerciantes de origem asiática”, são quase que diários e, sempre sem rosto, mesmo que seja durante o dia, que tem sido muitas vezes!
As lideranças no SERNIC, SISE, Casa Militar e Comando Geral da PRM, vão mudando, mas o cenário não muda. Preferimos a mentira. 148 Milhões de dólares investidos numa estrutura que não funciona, pelo menos para aquilo que o pacato cidadão que paga imposto espera, mas daqui a nada vamos buscar cerca de 100 milhões na República da Coreia, para a mesma área de segurança, pois o triângulo SISE-Casa Militar-MINT está a trocar mimos!
O certo é que os servidores de instituições do Estado foram sequestrados por piratas. Aqui, aquelas vuvuzelas que aparecem nas televisões hão-de dizer que isso acontece também nos países desenvolvidos. Sim, e como o adultério também vem desde o tempo de Adão e Eva, deveríamos normalizar a prática?! Claro que não! Então olhemos para as coisas de uma maneira proactiva.
A nossa sorte é que aqueles servidores não têm informação relevante. A capacidade para proteger os "websites" é inexistente, pelo menos no governo, mas, em contrapartida, é "fácil" identificar de onde partiu!
Hackers
Desta vez dizem-se serem do Iémen. Até que não seria de admirar, pois Iémen é alavancado pelos Hackers do Irão, mas, ninguém sequestra um website para pedir dinheiro rapidamente pois quem encomendou o sequestro normalmente paga em adiantado. De modo que, quando se tem informação de verdade, aí é que os cifrões começam a falar, de contrário mais parece uma acção de amadores, a dizerem ao IN qualquer coisa que toma conta da segurança destes canais do Estado para actualizar os “source codes”.
Nos primórdios tempos desta profissão, muito lucrativa por acaso (basta não se emocionar), havia duas divisões distintas, os Hackers (aparentemente bons) que apenas queriam mostrar ao administrador da rede que esta é penetrável e os Crackers, que eram mais maliciosos, roubavam informação importante e até sabotavam a rede.
Com o passar do tempo todos ficaram HACKERS, independentemente das suas intenções.
Na "darkweb" o primeiro ataque e com sucesso a uma grande empresa moçambicana data de 2001, e de lá para cá até a própria Presidência da República já foi atacada, para não falar de ataques bem-sucedidos à Autoridade Tributária e uma série de ministérios.
Enquanto o primeiro ataque registado em 2001 partiu de Moçambique, os subsequentes, principalmente dos ministérios, partiram de fora, com um destaque para hackers da Turquia.
Com um backbone (hardware e software) centrado em fornecedores Chineses (ZTE, Huawei, Norinco, etc.), os hackers chineses não precisam de muito para penetração, pois o "backdoor" sempre está aberto nem que seja apenas para vasculhar nos arquivos da ANE sobre quando vai ser o próximo concurso para construção de estradas.
A Cisco CCNA Security, CCNP Security e o famoso CCNA CyberOps são certificações que muitos moçambicanos têm, mas para defender as redes e não necessariamente para atacar.
A expressão atacar em segurança de comunicações pode até ser ambígua, mas centra-se no “iniciar uma acção ou reagir a uma acção “muitas vezes para perseguir até à fonte.
A nossa Lei de Transações Electrónicas é vaga e está centrada em perseguir a fofoca. INTIC e INAGE estão numa troca de mimos entre comadres e a nossa segurança ainda está centrada na arma de fogo.
Temos hackers?! Sim temos, mas estão no sector privado. Imagina só um hacker que se queira juntar ao SISE ter de ir correr 90 dias em Mongwine! Nem pensar! Hackers são pessoas focadas, altamente independentes, que seguem ordens, mas definitivamente não um padrão ou um código de conduta ratificado por um burocrata que nem sequer um simples PING sabe fazer.
Quando eu representava uma empresa israelita de segurança de telecomunicações certificada pelo Ministério da Defesa Israelita, lembro-me que 99% dos nossos clientes eram do sector privado, pelo menos internamente, mas, estranhamente, quando eram clientes estrangeiros o grosso era do Estado. Aqui se vê a nossa prioridade neste assunto de guerra cibernética, que é o futuro.
37 é o número de páginas da nossa Estratégia Nacional de Segurança Cibernética e não se cita uma única fonte de inspiração. Assim estamos a inventar a roda! BOA SORTE.
Referências:
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/insurgente [consultado em 23-02-2022]
Kocher, M.A.; Pepinsky, T. B.; Kalyvas, S. N. (2011). "Aerial Bombing and Counterinsurgency in the Vietnam War". American Journal of Political Science. 55 (2): 201–218
Walter, B. (2015). "Why Bad Governance Leads to Repeat Civil War". Conflict Resolutions. 59 (7):1242-1272
Walzer, M. (2006). “Terrorism and Just War”. Philosophia 34, 3–12
*Especialista em Análise de Dados e Segurança de Comunicações
Fonte: Cartamz
Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), uma organização da sociedade civil, revela que a economia moçambicana já estava em “progressivo abrandamento rumo à recessão”, quando a pandemia da Covid-19 atingiu o nosso país, pelo que a doença de origem chinesa não pode ser apontada como a “causa primária” da crise económica do país.
A pesquisa, cujos resultados foram publicados no livro “Desafios para Moçambique 2021”, resulta da narrativa apresentada pelas instituições da Bretton Woods (Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional – FMI), segundo a qual, a crise económica mundial de 2020 resultou exclusivamente da pandemia da Covid-19. Aliás, a narrativa é também secundada pelo Governo moçambicano, em todas as suas intervenções.
Entretanto, no caso de Moçambique, a pesquisa realizada pelo IESE contraria essa tese. Defende que, apesar da economia moçambicana ter experimentado uma taxa de crescimento do PIB negativa de -1,3%, em 2020, o facto não se deve ao grau de propagação da pandemia no país, mas “à combinação simultânea dos efeitos das medidas restritivas dos seus principais parceiros económicos, das medidas tomadas internamente, bem como da conjuntura económica em que se encontrava à chegada da pandemia”.
Refere, por exemplo, que até 29 de Agosto de 2021, o país contava com um total cumulativo de 75.828 casos positivos do novo coronavírus, para uma população estimada de 30.832.244 de habitantes em 2021, o que representava 0,25% da população cumulativa infectada, num universo de 1,9% da população de testados.
Segundo o IESE, a Covid-19 eclodiu num momento em que a economia moçambicana se encontrava em “paulatino arrefecimento e relativamente fragilizada”, pois, as taxas de crescimento do PIB vinham reduzindo nos anos anteriores, registando-se 3,4%, em 2018, e 2,3%, em 2019, respectivamente.
A pesquisa explica ainda que o Investimento Directo Estrangeiro (IDE) já estava numa tendência descendente desde 2012, ano do seu pico. Em 2012, houve um registo histórico de 6.550,8 milhões de USD em IDE, porém, em 2017, por exemplo, foram registados 2.293,6 milhões de USD e, em 2019, 2.211,7 milhões de USD. Já, em 2020, foram registados 2.337,0 milhões de USD.
O IESE realça ainda que a economia moçambicana é altamente vulnerável aos choques externos, facto que deriva de vários factores, incluindo a elevada dependência de influxos de capital externo (quer por via da dívida pública externa para financiar os gastos do Governo na prossecução de políticas públicas, quer por vias do IDE, que financia a produção).
A queda no valor das exportações de bens, na Balança Comercial, causada pela queda dos preços das commodities no mercado internacional, que teve o seu início em 2018 e o seu ponto mais baixo em 2020, também é apontada como estando na origem da situação calamitosa da economia moçambicana. A pesquisa explica que a indústria extractiva também já havia registado um declínio significativo nas suas exportações, dando exemplo das exportações do carvão mineral, que caíram de 71%, em 2018, para 66%, em 2019, e 57%, em 2020.
Michael Godet Sambo, autor do estudo, não esquece as dívidas ocultas, que precipitaram a retirada do apoio directo ao Orçamento Geral do Estado por parte dos parceiros económicos bilaterais e multilaterais, na sequência da descoberta de empréstimos ilegais, no valor de 2.2 mil milhões de USD. Por estas razões, o estudo defende que a Covid-19 foi um factor impulsionador da crise e não necessariamente o causador.
Refira-se que o artigo resultou da análise bibliográfica e documental, com ênfase para a análise de dados estatísticos de múltiplas fontes internacionais e nacionais, destacando as fontes oficiais, e analisou as dinâmicas económicas no contexto da COVID-19, com enfoque nas relações económicas de Moçambique com o resto do Mundo desde antes da eclosão da pandemia até aos princípios de 2021.
Fonte: Cartamz
A Polícia sul-africana anunciou ontem a detenção, em Brackenhurst, sul de Joanesburgo, de um homem de 37 anos suspeito de liderar o sequestro do moçambicano Jahyr Abdula e de outros raptos em Gauteng e na capital moçambicana, Maputo.
Contactada pela Lusa, a porta-voz do comando nacional da Polícia (SAPS, na sigla em inglês), Athlenda Mathe, avançou que o homem é de nacionalidade sul-africana.
Num comunicado divulgado na tarde de ontem, a polícia sul-africana considerou, sem avançar detalhes, o homem de 37 anos como sendo “o mentor e suposto líder por trás de uma onda de sequestros de elevado perfil em que foi exigido resgate, em várias partes de Gauteng, bem como em Maputo, Moçambique”.
Segundo a força de segurança sul-africana, o alegado mentor do sequestro do filho mais velho do presidente da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), o moçambicano Salimo Abdula, foi detido juntamente com mais três associados na passada quarta-feira, em Brackenhurst, junto a Alberton, localidade no sul de Joanesburgo, a capital económica do país, onde reside uma vasta comunidade portuguesa e lusodescendente.
“Nesta morada, a polícia encontrou e apreendeu três veículos de alta potência, 6.000 comprimidos de Mandrax, dinheiro em numerário, um recibo de venda de uma propriedade de 1,9 milhões de rands [110 mil euros], em Bryanston, várias roupas de marcas de luxo, todos os quais a polícia acredita terem sido adquiridos com o dinheiro dos pagamentos de resgate em dinheiro”, explicou a SAPS.
“Os quatro foram presos e estão sob custódia policial”, salientou.
A polícia sul-africana adiantou que um quinto elemento desta rede criminosa foi preso também, na quinta-feira, em Benoni, cerca de 40 quilómetros a leste da capital sul-africana, outra região significativa de portugueses e falantes de português.
“O mentor e seus associados são acusados de sequestro e de exigirem resgate em vários casos de elevado perfil, incluindo o de Jahyr Abdula, um cidadão moçambicano e o seu amigo, sequestrados em 15 de Outubro de 2021”, referiu a polícia sul-africana.
Segundo a SAPS, “a dupla tinha acabado de entrar em Joanesburgo vinda de Moçambique numa coluna de três veículos quando foram parados pelos seus captores que numa carrinha BMW azul equipada com luzes azuis e sirenes”.
“A dupla foi retirada da coluna e mantida em cativeiro”, adiantou.
A polícia sul-africana revelou que “o amigo de Abdula foi resgatado no mesmo dia por vários elementos das agências de segurança do país em articulação com empresas de segurança privada”, acrescentando que “[Jair] Abdula foi resgatado um mês depois numa residência na sexta-feira, 26 de Novembro de 2021”.
A SAPS destacou ainda o caso de Yasin Bhiku, um cidadão indiano que foi sequestrado à porta de sua casa em Lenasia, em 11 de Janeiro de 2021.
Apesar de não estar relacionada com este sindicato criminoso, a polícia sul-africana anunciou também ontem o resgate de uma menina de 11 anos que foi raptada à porta da escola em Mayfair, no ano passado.
A menina foi posteriormente encontrada e resgatada num assentamento informal perto do Soweto, sudoeste de Joanesburgo, segundo a polícia sul-africana.
A brigada especial anti-sequestro foi criada em 18 de Novembro de 2021, após um aumento no número de casos de sequestro em que foi exigido resgate, refere-se no comunicado da polícia sul-africana.
A África do Sul, um dos países mais violentos do mundo, registou um aumento do número de raptos denunciados à polícia no último trimestre de 2021, com 85 casos de pessoas sequestradas por resgaste, a maioria em Gauteng, segundo a polícia sul-africana.
Fonte: Cartamz
Segundo um comunicado das Nações Unidas divulgado, domingo, pela Reuters, os ataques tiveram como alvo duas povoações na zona de Baidit, na região oriental de Jonglei, e foram protagonizados por um grupo de jovens armados que incendiou casas, provocando a fuga da população local.
Os atacantes pertencem a um grupo "étnico” que mantém rivalidade com os habitantes da zona. Entre os mortos contam-se três crianças que foram afogadas num rio na altura em que tentavam a fuga, refere a Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (Unmiss) no mesmo documento.
Segundo a ONU, outras 26 pessoas ficaram feridas, incluindo mulheres e crianças, e vários moradores da região continuam desaparecidos. A Missão de Manutenção de Paz encontra-se no país depois de ter sido criada em 2011, na altura em que o Sudão do Sul se tornou independente do Sudão.
O mandato era inicialmente válido por apenas um ano, mas a Missão mantém-se no país. Entre Janeiro e Agosto de 2020 mais de 700 pessoas foram assassinadas, violadas ou raptadas na região de Jonglei por milícias armadas.