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Artistas quenianos que foram nomeados e ganharam prêmios de prestígio em 2021
Artistas quenianos que foram nomeados e ganharam prêmios de prestígio em 2021

Os prêmios musicais são o reconhecimento do trabalho árduo e da criatividade de um artista na criação de músicas de boa qualidade. Neste artigo, revisaremos alguns dos músicos quenianos mais destacados que foram apresentados em alguns dos prêmios mais prestigiosos.
Sauti Sol


A célebre boy band do Quênia, Sauti Sol, teve mais um ano de sucesso ao conquistar o prêmio de melhor grupo africano do All Africa Music Awards (AFRIMA). A banda também levou para casa o African Muzik Magazine Awards and Music Festival (AFRIMMA) em uma categoria semelhante.

Nikita Kering

A cantora de 19 anos foi destaque nos prêmios Afrima após vencer em duas categorias. Ela ganhou os prêmios de Melhor Artista Feminina na África Oriental e Melhor Artista, Duo ou Grupo no R&B Soul africano. Nikita Kering conseguiu vencer gigantes da indústria musical africana, como Adekunle Gold, Tems, Wizkid, Omah Lay, T'neeya, Oxlade, Gyakie, Aya Nakamura e Elaine.

Shanah Manjeru

A cantora gospel de 13 anos fez história ao se tornar a mais jovem artista a ser coroada no prêmio Afrima. Ela ganhou o prêmio de Melhor Artista Feminina Africana em Música Inspiradora, cortesia de sua canção 'God Will Make a Way'.

Naiboi & Wyre (indicação ao Grammy)

Os dois ganharam o reconhecimento dos prêmios de maior prestígio do mundo por sua contribuição no álbum do cantor jamaicano Etana apelidado de 'Pamoja'. O álbum foi nomeado para Melhor Álbum de Reggae no Grammy. Todos os artistas apresentados nas músicas que compõem o álbum também são considerados indicados. Naiboi participou da produção da segunda música do álbum apelidada de 'Legacy', enquanto Wyre participou da produção da décima música do álbum apelidada de 'The One'.

 Octopizzo (lista de consideração do Grammy)

 O rapper queniano foi incluído na lista de consideração da academia do Grammy nas seguintes categorias; Melhor Performance de Rap (Pockets, Interlude), Produtor do ano Não Clássico, Melhor Canção de Rap (Pockets, Interlude), Melhor Performance de Música Global (Lela) e Melhor Álbum Global (Jungle Fever).
5 melhores canções gospel de Uganda
5 melhores canções gospel de Uganda

2021 foi um grande ano em termos de música gospel em Uganda. Artistas gospel nos abençoaram com canções edificantes que ajudaram a navegar nos tempos difíceis ocasionados pela pandemia. Abaixo estão algumas das canções gospel que tiveram um bom desempenho em 2021:

Graças a Deus - Vinka
Vinka voltou de seu intervalo musical com esta jam que atingiu 1,4 milhão de visualizações em 3 meses. A faixa afro-pop foi produzida pelo produtor tanzaniano Lizer da Wasafi Records. A música carrega uma mensagem perfeita para celebrar a Deus pelo que ele fez em nossas vidas.
Famoso DJ de Uganda, DJ Shiru se juntou ao músico em ascensão Jovi Pop em uma nova música chamada 'Dembe Lyo'
Famoso DJ de Uganda, DJ Shiru se juntou ao músico em ascensão Jovi Pop em uma nova música chamada 'Dembe Lyo'

Famoso DJ de Uganda, DJ Shiru se juntou ao músico em ascensão Jovi Pop em uma nova música chamada 'Dembe Lyo'.


Em 'Dembe Lyo' (traduzido livremente de Luganda para significar 'Sua Escolha'), Jovi Pop dá a seu homem todo o direito de fazer o que quiser com ela.

O áudio foi produzido por Kukie Pan e o vídeo foi filmado e dirigido por Nako Mowzey do Mo Filmz. O vídeo colorido foi filmado em uma boate e apresenta uma coreografia de dança bem elaborada e única.

Narrando como eles se uniram a este projeto, Jovi Pop observou que foi sua gestão que possibilitou que ela trabalhasse com um artista que ela sempre admirou.

"Sempre quis trabalhar com o DJ Shiru e alertei meu empresário quem fez isso acontecer. Estou muito feliz porque gosto dele e de seu trabalho. Desde jovem, costumava segui-lo", disse Jovie.

DJ Shiru disse que ainda estava empurrando seu novo álbum quando foi abordado pelo empresário de Jovi para a colaboração e não hesitou.

"Eu desisti porque nunca se sabe o que pode acontecer", disse Shiru.

DJ Shiru é um dos poucos artistas consagrados que jurou ajudar jovens talentos a realizar seus sonhos.

"Contanto que você tenha um bom trabalho, vou trabalhar com você porque eu aprecio novos talentos. Se você é talentoso e não tem orgulho, estou disposto a fazer uma música com você ", disse ele.
 Mudra D Viral, lançou uma nova música chamada 'Kokonyo'
Mudra D Viral, lançou uma nova música chamada 'Kokonyo'

O artista ugandense em rápida ascensão, Mudra D Viral, lançou uma nova música chamada 'Kokonyo'.


'Kokonyo' (traduzido livremente de Luganda para significar 'Tease') é uma música de festa que iluminará seu dia e o arrastará para a pista de dança.
O áudio foi produzido por Don na Axtra Nation e mixado e masterizado por Herbert Skillz.

Mudra é conhecido por inventar letras controversas e 'Kokonyo' não é diferente. Falando durante uma entrevista recente, Mudra explicou como ele cria suas falas malucas, observando que ele primeiro desenvolve um tema, depois pega algumas frases comuns da internet para preencher as letras.

“Eu normalmente recebo temas. Por exemplo, posso decidir cantar sobre a vida ou opor-me às minhas letras. Eu entendo essas gírias ou comentários populares e, então, opto por me opor a eles”, disse ele durante uma entrevista recente.
Mudra D Viral é um renomado e consagrado compositor que lançou canções poderosas e populares. No ano passado (2020), sua jornada como compositor profissional chegou ao fim depois que ele anunciou que estava iniciando uma nova jornada como artista em tempo integral.
Atropelamentos ceifam duas vidas
Atropelamentos ceifam duas vidas

DOIS indivíduos perderam a vida durante a transição de ano, vítimas de acidente de viação do tipo atropelamento, na província de Maputo. 


Um dos acidentes foi registado pela Polícia da República de Moçambique (PRM), em KaElisa, no distrito de Matutuine, onde um cidadão que fazia o trajecto Ponta d’Ouro-Maputo atropelou mortalmente um jovem  de 19 anos de idade. 

O segundo óbito foi registado em Maluana, no distrito da Manhiça, cuja vítima era um menor de 16 anos de idade. Segundo a porta-voz da PRM, na província de Maputo, Carmínia Leite, os óbitos são  resultado de excesso de velocidade dos condutores e má travessia de peões. Por outro lado, a PRM garantiu que a passagem do ano foi tranquila. 
Fonte: JornalNoticias
Edil de Quelimane agradece à PGR pela 'publicidade barata'
Edil de Quelimane agradece à PGR pela 'publicidade barata'

Em Moçambique, o edil da capital provincial da Zambézia foi ouvido, na terça-feira (28.12), pelo Gabinete Central de Combate à Corrupção, por ter ultrapassado os limites orçamentais para administrar a cidade sem a aprovação da Assembleia Municipal. Manuel de Araújo justifica que o fez em nome do interesse público e que voltaria a fazê-lo em caso de necessidade. A DW entrevistou o edil:


DW África: Corre o risco de ser penalizado pela sua ação. A concretizar-se, como reagiria?
Manuel de Araújo (MA): Em primeiro lugar, é importante esclarecer que ultrapassar limites orçamentais não é um crime, não é objeto de um Gabinete de Combate à Corrupção. A lei é clara. Tipifica os crimes, mas também o que é o mandato do Gabinete de Combate à Corrupção. No caso em apreço, não sou jurista, mas penso que qualquer estudante de direito sabe que isso é tema de fórum administrativo. Deveria ser o Tribunal Administrativo a encetar mecanismos para repor a legalidade. Mas, mesmo assim, a Conta Geral [do Estado] de 2018 já foi aprovada pela Assembleia da República. Portanto, não consigo entender a intenção e nem o objetivo. A única conclusão a que chego é que se tratou de um expediente político. Alguém queria mostrar serviço no fim do ano e lembrou-se que havia aí um caso que os outros procuradores não se dignaram [a tratar]. Não faz sentido que um caso de 2018 seja despoletado hoje.
DW África: Arrepende-se das irregularidades, ou faria de novo se houvesse necessidade?
MA: Se as mesmas circunstâncias se repetissem agora, claramente tomaria a mesma decisão, porque se trata da defesa do interesse público. Acho que a administração pública existe para defender o interesse público. E as constituições democráticas preveem que, em situações em que o interesse público está em perigo, há até situações regulamentadas em que a lei tem de ser "violada". Foi no interesse público. Se não tomasse aquela decisão a cidade ficaria suja. Não teríamos dinheiro para comprar combustível e nem para pagar os funcionários e Quelimane voltaria a uma situação de cólera. Já tivemos cólera durante muitos anos. Mas de há cinco anos para cá, conseguimos eliminar a doença. Digo e repito; faria o mesmo, porque entrei para a política para defender o interesse público e não para me servir do Estado e das suas instituições. Como fizeram na altura as bancadas da FREDEMO, que era uma coligação
entre a FRELIMO e MDM, que, sem olhar para o interesse público, vetaram a votação do orçamento ratificativo no intuito de limitar o trabalho que a edilidade ia fazer. Desde agosto até fevereiro, a Assembleia Municipal não só não se reuniu, como também não se dignou a aprovar o orçamento retificativo. Assim não tinha outra opção se não fazer algumas despesas essenciais. Deixei de fazer outras despesas, prejudicando os munícipes, mas esse era um mal menor. 

DW África: Acha que o caso pode ser usado para para o fragilizar politicamente?
MA: Não, pelo contrário, às vezes penso que devo ter muitos fãs, quer entre os agentes da PRM quer na Procuradoria-Geral da República (PGR), porque não faz sentido que eles me deem esse tipo de publicidade barata. Há um mês, foi a PRM que deu um espetáculo barato ao tentar travar uma passeata dos embaixadores e o tiro saiu-lhes pela culatra. E agora é a vez da PGR. Portanto, eles vão-me oferecendo publicidade grata e eu só posso agradecer. No lugar de me fragilizarem politicamente penso que estão a fortalecer-me, e eu agradeço.
Fonte: DW
Plataforma de FLNG já navega nas águas nacionais
Plataforma de FLNG já navega nas águas nacionais

A Plataforma Flutuante de Gás Liquefeito já se encontra desde as 05.00 horas de hoje na Área 4 da Bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado, depois de ter partido da Coreia do Sul, em Novembro de 2021, segundo reportou a partir de Pemba, o jornalista da Televisão de Moçambique (TVM), Brito Simango, num breve contacto telefónico com o Notícias Online.


O navio Coral-Sul FNLG, a primeira instalação flutuante de gás liquefeito a ser implantada em águas profundas do continente africano, foi fabricado no estaleiro da Samsung Heavy Industries, em Geoje, Coreia do Sul.

A embarcaçã de 432 metros de cumprimento e 66 metros de largura pesa cerca de 220 mil toneladas e tem uma capacidade para transportar 350 pessoas no módulo de alojamento de oito andares e estará aconrada no local de operação no campo Coral Sul na Área 4 da Bacia do Rovuma.

O início da produção do Gás Natural Liquefeito está previsto para o segundo semestre do ano em curso.
Fonte: JornalNoticias
Parlamento da África do Sul novamente em chamas
Parlamento da África do Sul novamente em chamas

O Parlamento da África do Sul, localizado na Cidade do Cabo, está novamente em chamas, revela a AFP, esta segunda-feira.


De acordo com as autoridades sul-africanas, os bombeiros lutam para extinguir o reacendimento do fogo, controlado após 24 horas de combate.

Uma nuvem espessa de fumo estava, pelas 18:h locais, a sair dos telhados do edifício vitoriano imponente e as chamas voltaram a ser visíveis.

"O incêndio recomeçou no telhado do edifício da Assembleia Nacional", que foi completamente destruído pelas chamas no dia anterior, conformou à AFP o porta-voz dos bombeiros da cidade, Jermaine Carelse.

O incêndio estava sob controlo e apenas uma dúzia de bombeiros ainda se encontrava no local a fazer o rescaldo de algumas zonas. Aquele contingente foi entretanto reforçado e, tal como no dia anterior, o combate ao fogo está a ser feito também com a partir de cima, com o recurso a gruas.

Este incêndio começou por volta das 05:00 horas locais (03:00 TMG) de domingo, na ala mais antiga do edifício - concluído em 1884, que contém cerca de 4.000 obras de arte, algumas datadas do século XVII, e património valioso -, cujo telhado foi completamente destruído.

O hemiciclo onde deliberavam os deputados à câmara baixa do parlamento foi destruído, assim como vários gabinetes, confirmaram hoje fontes oficiais sul-africanas.

"Podemos confirmar que uma das maiores perdas no incêndio é a queima completa da câmara da Assembleia Nacional", câmara baixa do parlamento, informou Amos Masondo, presidente do Conselho Nacional das Províncias (Senado Sul-Africano), numa conferência de imprensa.

A temperatura no interior em alguns locais do edifício era ainda de cerca de 100 graus centígrados ao início da tarde, segundo a ministra das Infraestruturas, Patricia de Lille, pelo que a extensão real dos danos está por avaliar.

As equipas de engenheiros e especialistas destacados para o local esperam ter um relatório preliminar sobre as circunstâncias do incêndio até à próxima sexta-feira, segundo Lille.

Uma pessoa foi, entretanto, detida por suspeitas de ligação à origem do incêndio. Trata-se de um homem de 49 anos, que foi visto pelos serviços de segurança dentro do edifício do parlamento e apanhado com artigos roubados, informaram as forças de segurança numa declaração no domingo à noite.

O suspeito detido comparecerá perante um juiz esta terça-feira e enfrenta acusações de arrombamento, roubo e fogo posto num local de importância nacional.

Segundo a imprensa local, o suspeito terá tido acesso aos edifícios através de uma janela.

Sobre esta detenção, Mapisa-Nqakula explicou que o relatório da polícia sobre a detenção ainda não está disponível, mas sublinhou que o incêndio constituiu um "ataque" deliberado ao parlamento, e assume-se como uma "ameaça" à democracia da África do Sul.

As autoridades sul-africanas acreditam que o incêndio começou no edifício mais antigo do complexo da Assembleia Nacional (a "Velha Assembleia"), concluído em 1884, e depois alastrou-se à ala mais recente, que alberga a atual câmara baixa e os seus gabinetes.

As equipas de emergência foram notificadas do incêndio por volta das 06:00 horas locais (04:00 TMG, hora de Lisboa) de domingo.

Estão igualmente em curso investigações sobre, por exemplo, por que razão os sensores de incêndio foram lentos a responder, segundo Patricia de Lille, em declarações no domingo.

Os aspersores anti-incêndio também não funcionaram porque, alegadamente, a válvula de água que alimentava o sistema estava fechada.

De Lille confirmou hoje que as câmaras de segurança estavam a funcionar nas primeiras horas do incidente e que a polícia está a monitorizá-las.

Este é o segundo incêndio neste edifício em menos de um ano. Em março de 2021, um outro incêndio deu origem a um relatório que concluiu com a necessidade de melhorar as medidas de segurança do edifício, consideradas inadequadas.
Filipe Nyusi e esposa, Isaura Nyusi, testaram positivo para a Covid-19
Filipe Nyusi e esposa, Isaura Nyusi, testaram positivo para a Covid-19
O PRESIDENTE da República, Filipe Nyusi e esposa, Isaura Nyusi, testaram positivo para a Covid-19, indica um comunicado de imprensa emitido pela Presidência da República. De acordo com o documento, o Chefe do Estado submeteu-se a testes rápidos cujo resultado foi positivo. Mesmo sendo assintomáticos Filipe Nyusi e esposa cumprem o isolamento. O Presidente da República renova os apelos para a necessidade do cumprimento das medidas de prevenção da doenca, ao mesmo tempo que apela à vacinação.
Várias empresas subcontratadas pela Total com pagamentos pendentes
Várias empresas subcontratadas pela Total com pagamentos pendentes

As constatações resultam de uma avaliação feita pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), um trabalho que começou em março, mês em que a Total suspendeu as suas operações para exploração de gás em Palma, na sequência de ataques de grupos rebeldes à região.


Segundo uma nota divulgada na página da CTA, um dos principais entraves no processo de pagamento das empresas pela Total está ligado a dificuldades no reconhecimento da natureza contratual entre a multinacional e as companhias moçambicanas em questão.

"A CTA reitera a necessidade de aceleração do processo de pagamento das faturas pendentes devido à situação financeira débil em que muitas empresas moçambicanas se encontram e pela necessidade de injeção de liquidez que as mesmas precisam neste momento crítico, em que ainda se deparam com os impactos da pandemia de covid-19", refere a CTA, que acrescenta que está em contacto permanente com a multinacional.

Trabalhos suspensos desde março
A petrolífera francesa Total, líder do projeto da Área 1 no norte de Moçambique, suspendeu os trabalhos na instalação perto de Palma a 24 de março, no dia em que a cidade foi atacada pelos insurgentes, e um mês depois anunciou a suspensão de todo o projeto por tempo indeterminado.
Avaliado entre 20 e 25 mil milhões de euros, o megaprojeto de extração de gás da Total é o maior investimento privado em curso em África, suportado por diversas instituições financeiras internacionais e prevê a construção de unidades industriais e uma nova cidade entre Palma e a península de Afungi.

A primeira exportação de gás liquefeito está prevista para 2024, o mesmo ano em que a despesa de Moçambique em servir a dívida pública conhecerá um aumento significativo, resultante do adiamento da subida dos juros para o ano em que as receitas deveriam aumentar por via das exportações de gás.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.

Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde agosto de 2020.
Fonte: DW
Cabo Delgado: Insurgentes matam cinco pessoas em Macomia
Cabo Delgado: Insurgentes matam cinco pessoas em Macomia

No novo ataque, que ocorreu na madrugada desta segunda-feira (03.01), os insurgentes mataram aproximadamente 5 pessoas e incendiaram 11 casas na aldeia Nova Zambézia, que fica ao longo da estrada número 380, no distrito de Macomia, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.


"Por volta das 02:17, começámos a ouvir algum barulho e gritos de pessoas. Afinal eram terroristas, já estavam a matar pessoas inocentes", declarou à Lusa fonte da força local que estava nas proximidades da aldeia. 

Além de matar e incendiar casas, os insurgentes, segundo a fonte, saquearam também a comida da população, que devido ao aumento da segurança estava gradualmente a regressar à aldeia, localizada a cerca de 25 quilómetros de uma posição militar. 

"Eles invadiram casas da população e levaram comida, depois disso colocaram-se em fuga", acrescentou. 

Situação em Cabo Delgado
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por homens armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico. 

O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas. 

Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes, nomeadamente a vila de Mocimboa da Praia, que estava ocupada desde agosto de 2020. 
Fonte: DW
Maputo: Associação pede revogação do aumento da tarifa dos transportes
Maputo: Associação pede revogação do aumento da tarifa dos transportes

A decisão do aumento da tarifa dos transportes semi-coletivos, vulgo "chapa 100", tomada pela Assembleia Municipal da cidade de Maputo, tem um impacto negativo sobre os cidadãos mais desfavorecidos e residentes em zonas mais afastadas da capital, e está a gerar críticas e protestos no seio da sociedade civil moçambicana.


Uma das organizações que mais se tem debruçado sobre a questão é a "Associação Rede dos Direitos Humanos" (ARDH), uma associação de âmbito nacional que está instalada em todo o território moçambicanao, através de delegacias provinciais.

Em entrevista à DW o Presidente da "Associação Rede dos Direitos Humanos", Sérgio Matsinhe, afirma que o Governo deve revogar imediatamente a decisão de aumentar a tarifa dos transportes, mas apela aos cidadãos que, em tempos de Covid-19, "não recorram a greves, nem a manifestações e muito menos à violência", como medidas de protesto.
DW África: Que impacto terá este aumento da tarifa dos "chapa 100" para as famílias mais desfavorecidas em Maputo e arredores?

Sérgio Matsinhe (SM): É um sacrifício muito grande para as famílias. A maior parte dos encarregados de educação perdeu as suas rendas depois de terem ficado sem emprego. Um pai, perdendo esse bem - que talvez fosse a base de sustento da sua casa -  não há renda em casa. Um filho que precise vir de um distrito para a cidade, para ir à escola, logo não há como. Há dificuldade dos pais puderem ingressar os seus filhos nas escolas. É uma situação tremenda que afeta a comunidade moçambicana em geral.

Pedimos para que se envolva a sociedade civil e as comunidades, através de um inquérito, para ver se se pode encontrar uma forma mais adequada de ajustar essa tarifa dos transportes semi-coletivos.

DW África: Quem é que decidiu aumentar a tarifa? Essa decisão foi acompanhada de uma auscultação aos utentes e populares?
SM: Trata-se da autarquia, através da assembleia municipal que aprovada esses instrumentos. Foi a assembleia municipal que aprovou estas tarifas. Não houve nenhuma discussão. Se tivesse havido alguma discussão em torno deste aumento talvez a população não estaria aqui a reclamar. Em todo o lado em que circulamos, há reclamações dessa tarifa. Está visto que não houve nenhuma auscultação e isso é um erro grave porque a assembleia municipal antes de aprovar instrumentos deve primeiro consultar a comunidade, quem presta contas.

DW África: É espectável que haja críticas ou mesmo protestos nos próximos dias. O que é que a "Associação Rede dos Direitos Humanos” teme em relação à atuação das autoridades e das próprias polícias?

SM: Nós convocámos uma conferência de imprensa na passada sexta-feira em que fui retido na esquadra. Procurei saber qual é a base legal que sustenta essa detenção. A "Associação Rede dos Direitos Humanos” já está a preparar uma participação criminal e não só. Amanhã (04.12), às 10 horas, teremos uma conferência de imprensa que já tinha ficado adiada por conta dessa situação que a polícia apresentou-nos.

DW África: Que formas de críticas e de protestos apoia a "Associação Rede dos Direitos Humanos”? Que medidas recomenda?

SM: Esta é a minha recomendação: a população esperar o despacho da ministra que decidiu depois da assembleia. E dalí a população se posicionar. Mas não pautamos pela violência, nem pela manifestação, muito menos pela greve porque o país não vai bem e a Covid-19 está cada mais presente.
Fonte: DW

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