"Vim para discutir com os líderes de segurança de Moçambique os nossos desafios comuns", disse Townsend, citado pelo comunicado da representação diplomática, acerca da visita que começou na terça-feira (16.11) e terminou esta quinta-feira (18.11).
"Temos uma boa relação bilateral e o Comando dos EUA para África está à procura de formas de reforçar essa relação para responder a preocupações mútuas", acrescentou.
O general e o embaixador dos EUA, Dennis Hearne, encontraram-se com o novo ministro da Defesa, Cristóvão Chume, nomeado na última semana, bem como com o chefe do Estado-Maior General, Joaquim Mangrasse.
Os oficiais discutiram "a importância da parceria EUA-Moçambique e o progresso na estabilização da situação no norte de Moçambique", numa alusão a Cabo Delgado.
"Os Estados Unidos e Moçambique estão a construir uma forte parceria de segurança", visando "um objetivo mútuo de estabelecer e manter a paz e a estabilidade" no país lusófono, disse Hearne.
Périplo por outros países
A visita a Maputo do comandante do Africom fez parte de um périplo pelos países parceiros regionais da África Austral.
No caso de Moçambique, aconteceu um mês após a visita de um navio da marinha norte-americana ao porto de Maputo e depois de forças especiais dos EUA terem conduzido dois programas de formação de comandos e fuzileiros moçambicanos.
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.
Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde agosto de 2020.
Fonte: DW